No último domingo (10), durante a cúpula do G20, o presidente Lula (PT) teve um encontro de aproximadamente 20 minutos com o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, no hotel Taj Palace. Essa foi a primeira reunião bilateral entre os dois líderes.
De acordo com informações do governo brasileiro, Mohammed bin Salman, também conhecido como MbS e primeiro-ministro da Arábia Saudita, não presenteou Lula durante o encontro. Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sob investigação por receber joias dos sauditas e mantê-las em seu acervo pessoal, em vez de encaminhá-las ao arquivo público.
Durante a reunião, o príncipe saudita expressou seu interesse em investir no Brasil nos setores de óleo, gás, mineração e também em combustíveis verdes. Porém, a Arábia Saudita foi uma das principais opositoras à inclusão, na declaração final do G20, de metas específicas para eliminar o uso de combustíveis fósseis e estabelecer uma data para o pico das emissões de carbono.
O reino do Golfo tem investido em combustíveis como o hidrogênio verde, uma estratégia que, segundo ambientalistas, busca melhorar sua reputação no setor ambiental por meio de “greenwashing”.
Vale ressaltar que originalmente Lula e Mohammed bin Salman se encontrariam em junho deste ano, durante a cúpula de financiamento ao desenvolvimento organizada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na França. Porém, o encontro acabou não ocorrendo. A primeira tentativa de reunião entre os líderes foi marcada para o sábado (9), mas o príncipe saudita cancelou devido a um imprevisto em sua agenda, uma reunião estendida com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Segundo uma fonte do governo brasileiro que esteve presente no encontro, o príncipe saudita iniciou a reunião afirmando que já conhecia Lula, pois havia ouvido falar dele várias vezes.
