Protestos em Cuba: Manifestantes pedem comida e eletricidade
No último domingo, grupos de até 500 pessoas se reuniram nas ruas da ilha de forma pacífica para expressar sua insatisfação com a situação do país. Os manifestantes clamaram por “comida e eletricidade”, em protestos que foram os maiores registrados em Cuba desde os eventos históricos de 11 de julho de 2021.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, reconheceu que a população tem enfrentado longos períodos de apagões, o que tem causado grande incômodo. Ele também mencionou as dificuldades de acesso a alimentos devido a falhas na distribuição da cesta básica.
Díaz-Canel denunciou que os Estados Unidos estão pressionando as empresas fornecedoras de combustível, assim como as companhias de navegação e seguradoras, para que os produtos não cheguem à ilha. Esse contexto de embargo é agravado pelo histórico de mais de seis décadas de restrições dos EUA a Cuba, iniciado durante o governo de Donald Trump e mantido por Joe Biden.
Desde o início de março, Cuba tem enfrentado cortes de energia devido a trabalhos de manutenção na usina termoelétrica Antonio Guiteras, localizada em Matanzas. A escassez de combustível no país no último fim de semana agravou ainda mais a situação, afetando o funcionamento de outras usinas termoelétricas.