Manifestantes islâmicos marcham em protesto contra laços de Marrocos com Israel e em apoio à Palestina livre.






Manifestação em Marrocos

No último domingo, uma manifestação com mais de 10 mil pessoas agitou as ruas de Marrocos. A maioria dos manifestantes pareciam ser islâmicos, com os homens marchando separados das mulheres, agitando bandeiras palestinas e segurando cartazes com os dizeres “resistência até a vitória”, “impedir a normalização do governo marroquino com Israel” e “Palestina livre”. O protesto foi uma resposta ao fortalecimento dos laços entre Marrocos e Israel, acordado em 2020 sob mediação do governo dos Estados Unidos na administração de Donald Trump. O acordo incluía o reconhecimento por Washington da soberania marroquina sobre o disputado território do Saara Ocidental.

Além disso, os manifestantes pediram um boicote às marcas que, segundo eles, apoiam Israel. As tensões na região se intensificaram após ataques do Hamas, governante de Gaza, a cidades israelenses. A resposta de Israel foi prometer aniquilar o grupo, o que resultou em um saldo de 1.200 mortos e 240 reféns. Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 20 mil pessoas foram confirmadas como mortas em ataques israelenses, com milhares de desaparecidos e presumivelmente mortos sob os escombros.

Apesar da política de normalização dos laços com Israel, as autoridades marroquinas continuaram a apoiar a criação de um Estado palestino e apelaram por um cessar-fogo em Gaza e por proteção de todos os civis do enclave. A manifestação ressalta a divisão de opiniões e o sentimento de solidariedade com o povo palestino em Marrocos, evidenciando a instabilidade política na região.


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