Manifestantes na França denunciam a grilagem de terras e a construção de projetos faraônicos que prejudicam o meio ambiente

Manifestantes na França protagonizaram uma série de protestos contra a expansão de projetos de construção de infraestrutura e a produção de concreto e cimento, que representam 8% das emissões globais de CO2, superando as emissões do transporte aéreo e marítimo juntos.

Os organizadores dos protestos afirmam estar lutando pela proteção do solo e biodiversidade, e contra o aquecimento global. As manifestações ocorreram em diferentes regiões do país, como Yvelines, onde a construção de uma via rápida e a linha Grand Paris Express ameaçam terras agrícolas. Em Tarn, ao sul da França, a marcha foi contra a construção da auto-estrada A69, com manifestantes chegando a entrar no canteiro de uma fábrica de revestimentos de concreto.

Além disso, houve protestos em frente a uma fábrica de concreto do grupo Lafarge em Saint-Barthélémy d’Anjou, a 260 quilômetros de Paris, e em Sainte-Cécile, no norte da França, contra um projeto de ampliação de uma pedreira cujo operador é uma filial da Vinci Construction.

Os organizadores dos protestos denunciaram também as “numerosas exceções” ao objetivo de “Artificialização líquida zero”, meta estabelecida por lei para proteger o solo e evitar a instalação de estruturas artificiais em cimento.

A gigante do setor de produção de concreto e cimento, Lafarge, respondeu às manifestações, afirmando que a “empresa está totalmente mobilizada na descarbonização das suas atividades e dos seus produtos”. Os profissionais do setor admitem que a produção de cimento e concreto representa uma grande porcentagem das emissões globais de CO2, mas alegam que estão trabalhando para reduzir esse impacto.

Os protestos reforçam a crescente preocupação com o impacto ambiental das práticas de construção e produção de concreto e cimento, e mostram a determinação dos manifestantes em resistir contra a expansão destes projetos.

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