Manipulação de imagens usando inteligência artificial apavora comunidade escolar no Rio e em Recife



Criatividade e perigos da inteligência artificial

Por John Doe, jornalista especializado em tecnologia

Na semana em que os fãs dos Beatles foram presenteados com uma música inédita da banda, recuperada e editada por meio de inteligência artificial, um caso de manipulação de imagens apavorou a comunidade escolar do Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro. Um grupo de alunos criou montagens fotográficas de diversas colegas para que parecessem nuas, com base nas publicações originais das meninas em redes sociais. Como? Também usando inteligência artificial.

Inteligência artificial e suas consequências

Os dois episódios nos dão algumas pistas do que estamos começando a enfrentar —e que tende a se sofisticar mais e mais— com o desenvolvimento de aplicativos e recursos tecnológicos cada vez mais acessíveis e, como o próprio termo sugere, inteligentes, aproximando-se progressivamente das formas pelas quais nós, humanos, raciocinamos.

O potencial do que chamamos de inteligência artificial ainda é enigmático e, por isso mesmo, assustador. Algumas previsões de cientistas são, inclusive, apocalípticas, insinuando que ela pode nos levar à extinção como espécie. Também há, é claro, quem veja exagero nesse posicionamento.

O desafio da regulação

De qualquer forma, o debate sobre a regulação desses avanços tecnológicos não é só necessário como urgente. Isso porque algumas consequências já são sentidas na sociedade, e de formas diversas, que vão além do privilégio de poder ouvir perfeitamente, em 2023, a voz de John Lennon, morto em 1980. Não é de hoje que se fala na capacidade destrutiva que as deepfakes podem ter na reputação de pessoas, especialmente mulheres, por conta da criação de conteúdos pornográficos falsos —a vítima famosa mais recente foi a atriz Isis Valverde.

A educação para o uso ético das novas tecnologias

O debate deve ir além das possíveis punições contra menores de idade para delitos do tipo. É necessário prevenir e, obviamente, educar para o uso ético das novas tecnologias, o que inclui as infinitas possibilidades que a inteligência artificial nos traz. É fundamental que as famílias exerçam o controle do que as crianças e jovens baixam, veem, falam e publicam em redes sociais e aplicativos de mensagem, reforçando valores como ética, respeito e empatia. As escolas, por sua vez, devem apoiar o desenvolvimento de habilidades que capacitam os estudantes a usar o ambiente digital de forma crítica e responsável.

Ao passo que as máquinas estão aprendendo a serem humanas, nós precisamos aprender a nos proteger dos muitos riscos que esse processo oferece. A educação para a utilização ética das tecnologias, aliada a uma regulação adequada, é essencial para garantir que as futuras gerações possam usufruir das inúmeras vantagens da inteligência artificial, sem cair em seus perigos.


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