Leilão da mansão onde Aung San Suu Kyi ficou presa
A mansão em que a líder democrática de Mianmar, Aung San Suu Kyi, passou vários anos em prisão domiciliar foi colocada em leilão nesta quarta-feira com um preço mínimo de 150 milhões de dólares (R$ 750 milhões), mas ninguém apresentou ofertas, anunciaram as autoridades.
A casa de dois andares de estilo colonial, com um terreno de 7.700 metros quadrados às margens de um lago, foi leiloada após décadas de disputa sobre a propriedade entre a vencedora do Nobel da Paz de 1991, detida desde o golpe militar de 2021, e seu irmão.
Um leiloeiro levantou a mão para pedir ofertas pela casa, mas houve apenas silêncio. Pouco depois, ele anunciou que “não há ninguém para fazer propostas” e tocou a campainha para encerrar o leilão.
Esta mansão representa não apenas um imóvel de luxo, mas também um símbolo da luta política e da resistência de Aung San Suu Kyi contra o regime militar que a mantinha em prisão domiciliar. A ausência de interessados no leilão reflete a situação conturbada que Mianmar enfrenta atualmente, com protestos e repressão após o golpe militar.
Espera-se que o destino da mansão seja alvo de novas discussões e decisões futuras, à medida que a situação política em Mianmar continuar evoluindo. O legado de Aung San Suu Kyi permanece presente não apenas na casa que agora permanece sem novos donos, mas também nas mentes e corações daqueles que seguem apoiando sua causa.
