Maringá (PR) lidera ranking do saneamento no Brasil, enquanto capitais da região Norte enfrentam os piores índices.




Ranking do Saneamento Básico no Brasil

Ranking do Saneamento Básico no Brasil

Recentemente, foi divulgado o Ranking do Saneamento 2024, realizado pelo Instituto Trata Brasil, que analisa anualmente os indicadores das cem maiores cidades brasileiras em relação ao saneamento básico. Curiosamente, enquanto as capitais da região Norte apresentam os piores índices, a cidade de Maringá, no Paraná, se destaca positivamente pelos seus altos índices de saneamento básico.

De acordo com o estudo, mais de 32 milhões de pessoas no Brasil não têm acesso à água potável, e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto. Essa situação reflete diretamente na saúde da população, que sofre diariamente com doenças relacionadas à falta de saneamento adequado.

Um dos principais problemas apontados pelo Trata Brasil está na coleta e tratamento de esgoto, com mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto sendo despejadas diariamente na natureza sem qualquer tipo de tratamento.

O estudo também destacou a importância do investimento no setor de saneamento, mostrando que o tratamento dos esgotos ainda é um desafio a ser superado nas cidades brasileiras. Luana Siewert Pretto, presidente do Instituto, ressaltou a necessidade de um compromisso maior com a universalização do saneamento básico no país.

No ranking, a cidade de Maringá se destacou como a mais bem avaliada, com 99,99% da população tendo acesso à rede de água, 99,99% atendida por coleta de esgoto e 100% do esgoto tratado. Em média, a cidade investe cerca de R$ 57,21 por habitante em saneamento.

Já em relação às capitais, São Paulo obteve a melhor pontuação, com 99,29% da população com acesso à água potável, 97,31% ligada à rede de esgoto e 73,08% do esgoto tratado. O investimento em saneamento per capita na capital paulista é de R$ 219,20.

O estudo também mostrou que há uma correlação direta entre o volume de investimentos e os avanços nos indicadores de saneamento básico. As 20 cidades mais bem ranqueadas tiveram um investimento anual médio de R$ 201,47 por habitante, enquanto as 20 piores investiram apenas R$ 73,85 por morador.

É importante ressaltar que, apesar dos avanços em algumas cidades, há ainda um longo caminho a percorrer para atingir a universalização do saneamento básico no país. O setor precisa de um aumento significativo nos investimentos para conseguir cumprir as metas estabelecidas até 2033.

Em suma, o Ranking do Saneamento Básico no Brasil revela a necessidade urgente de melhorias no setor, destacando os contrastes entre as cidades mais bem avaliadas e aquelas que ainda enfrentam grandes desafios em relação ao saneamento básico.


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