Marta Suplicy é demitida da gestão de Ricardo Nunes e sinaliza aceitação como vice na chapa de Guilherme Boulos.




Demissão de Marta Suplicy da gestão de Ricardo Nunes

A noite desta terça-feira (9) foi marcada pela confirmação da demissão da secretária municipal Marta Suplicy da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Segundo a própria secretária, a saída foi de comum acordo e que seguirá “caminhos coerentes” com sua trajetória. Esse desligamento da gestão municipal ganha importância devido à sua possível filiação ao PT para integrar a chapa de Guilherme Boulos (PSOL), que concorre à Prefeitura de São Paulo.

O encontro entre Nunes e Marta durou cerca de duas horas e teve também a participação do secretário de Governo, Edson Aparecido (MDB), e do marido da ex-prefeita, Márcio Toledo. Marta saiu do encontro sem falar com jornalistas e seu lado não deu declarações sobre o assunto. A decisão de Nunes de demitir Marta veio após a descoberta de planos da ex-prefeita para migrar para a campanha de Boulos sem seu conhecimento, o que o teria magoado e feito perder a confiança nela.

A possibilidade de Marta retornar ao PT para ser vice de Boulos já havia sido mencionada pela imprensa, e seu histórico político mostra idas e vindas em relação à sigla. Após ter sido ministra do Turismo no segundo mandato de Lula na Presidência, se eleger para o Senado em 2010 e ser ministra da Cultura do primeiro mandato de Dilma Rousseff, Marta rompeu com o PT e deixou a sigla em 2015. Ela passou pelo MDB e Solidariedade e está, atualmente, sem partido. No entanto, ela se reaproximou de Lula e do PT a partir de 2019, atuando no segundo turno para a consumação do apoio de Simone Tebet ao PT durante a campanha de 2022.

Assim, a demissão de Marta Suplicy da gestão de Ricardo Nunes vem no contexto de sua potencial filiação ao PT e participação na campanha de Guilherme Boulos, o que promete agitar ainda mais o cenário político da capital paulista.


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