Mensagem enganosa alega que o PT pagou o TSE para tornar políticos inelegíveis, porém informações não correspondem à realidade.

Conclusão do Comprova: É enganoso o post que distorce o conteúdo de um vídeo do senador Magno Malta publicado no dia 9 de dezembro de 2022, na rede social X (antigo Twitter), no qual ele menciona duas ações da campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo a inelegibilidade do então presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Netto (PL). O vídeo traz, em formato de texto, a acusação de que o PT teria oferecido dinheiro aos ministros do TSE para tornarem parlamentares do PL inelegíveis, mas não há qualquer registro dessa acusação, que não foi feita nem mesmo por Malta.

Uma investigação realizada pelo Comprova, projeto que checa informações compartilhadas nas redes sociais, concluiu que um post que distorce o conteúdo de um vídeo do senador Magno Malta é enganoso. O vídeo, publicado no dia 9 de dezembro de 2022, na rede social X (antigo Twitter), mostra Malta mencionando duas ações da campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedindo a inelegibilidade do então presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Netto (PL).

No vídeo, em formato de texto, é feita uma acusação de que o PT teria oferecido dinheiro aos ministros do TSE para tornarem parlamentares do PL inelegíveis. No entanto, não há nenhum registro dessa acusação, que não foi feita pelo próprio Malta. Portanto, o post distorce o conteúdo original do vídeo, induzindo a uma interpretação diferente da intenção de seu autor.

No vídeo, Malta cita duas ações da campanha de Lula contra Bolsonaro. A primeira ação, identificada como 0601987-47.2022.6.00.0000, menciona o abuso de poder econômico de Bolsonaro por ampliação de programas sociais durante o período eleitoral. Já a segunda ação, identificada como 0601988-32.2022.6.00.0000, acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, o documento cita a tentativa de colocar em dúvida a segurança das urnas e a lisura do processo eleitoral. O texto também pede a condenação e inelegibilidade de aliados de Bolsonaro, como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Magno Malta, e deputados federais do partido.

Na época, o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, aceitou a ação e deu prazo para os citados se manifestarem. O processo segue aberto e ainda sem decisão.

De acordo com o Comprova, conteúdo enganoso é aquele retirado do contexto original e usado de maneira a alterar seu significado. Também é considerado enganoso o uso de dados imprecisos ou que induzem a uma interpretação diferente da intenção do autor. O objetivo dessa prática é confundir o público, muitas vezes com a intenção de causar danos.

Em relação ao alcance da publicação original, o Comprova investiga conteúdos suspeitos que tenham maior alcance nas redes sociais. Até o dia 25 de agosto, a postagem original no TikTok contava com 465,8 mil visualizações, 36,2 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos. Já a postagem no Facebook alcançou 68 mil visualizações, 7,4 mil reações e 3,7 mil comentários.

Essa investigação do Comprova reforça a importância de verificar a veracidade das informações compartilhadas nas redes sociais e de não se deixar enganar por conteúdos distorcidos. É fundamental buscar fontes confiáveis e checar os fatos antes de acreditar e compartilhar qualquer informação. A disseminação de notícias falsas pode causar danos à reputação de pessoas e instituições e prejudicar o debate público.

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