A microbiologista Caroline Fernandes Freire, de 39 anos, mãe de gêmeos desde janeiro de 2022, compartilhou em seu perfil no antigo Twitter as dificuldades enfrentadas com os filhos. Em fevereiro do mesmo ano, ela recebeu uma mensagem que mudou sua vida.

Uma de suas seguidoras a orientou a buscar ajuda médica, identificando sintomas de depressão pós-parto. A seguidora, que também havia enfrentado a mesma condição, lembrou Caroline dos momentos de dificuldade que ela mesma havia vivenciado.

Esse alerta fez com que Caroline procurasse ajuda médica e recebesse o diagnóstico de depressão pós-parto. O psiquiatra Lucas Spanemberg destacou a importância do apoio psicológico e emocional para as mães que passam por esse quadro, ressaltando a necessidade de intervenção médica conforme a gravidade do caso.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que 26,3% das mães sofrem de depressão pós-parto, o que representa uma porcentagem significativa em comparação com outros países.

Foi um desespero que nunca parecia ter fim

Caroline compartilhou a exaustão e as dificuldades da maternidade em seu perfil, revelando que em muitos momentos pensou não resistir à exaustão. Ela relatou que não considerava a possibilidade de estar enfrentando depressão pós-parto até receber a mensagem da seguidora.

Amanda, que também enfrentou depressão pós-parto, entrou em contato com Caroline para compartilhar sua experiência e oferecer apoio. Ela destacou a importância do tratamento e do acompanhamento psicológico para superar a condição.

O que é depressão pós-parto?

Os especialistas ressaltam a importância de monitorar os casos de depressão pós-parto e fornecer tratamento adequado, que pode incluir o uso de antidepressivos por um período. A maternidade representa uma mudança significativa na vida das mulheres, exigindo adaptações e suporte emocional.

A recuperação de Caroline

Após buscar ajuda médica, Caroline iniciou o tratamento para depressão pós-parto, que durou cerca de um ano e meio. Ela enfatiza a importância de abordar o tema e incentivar as mães que enfrentam dificuldades a buscar ajuda. Atualmente, Caroline compartilha sua experiência nas redes sociais e ressalta a importância de estender a mão para quem precisa de apoio.

* O nome foi trocado a pedido da entrevistada.

O texto foi publicado originalmente aqui.