Milei revoga centenas de leis conservadas e manifestantes tomam as ruas da Argentina em protesto contra massacre aos direitos do povo.

Supressão de direitos no governo de Milei

As políticas sociais, políticas e econômicas do governo têm gerado controvérsia na Argentina. O povo argentino tem se manifestado de forma ativa e frequente, ocupando as ruas para protestar e reivindicar direitos. No entanto, as ações do governo têm restringido o direito legítimo dos cidadãos de se expressarem livremente.

Em particular, à frente do Ministério de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich implementou ações controversas que levantaram preocupações sobre a abordagem autoritária do governo em relação ao direito de protestar. O governo tem reprimido duramente manifestações, como é o caso da mobilização realizada em 20 de dezembro, que ocorre anualmente para lembrar os eventos de 2001, resultando em confrontos e detenções que questionaram os limites do exercício da liberdade de expressão e dos direitos humanos.

Ao abordar as manifestações e protestos sociais, Patricia Bullrich tem sido alvo de críticas, especialmente por restringir os direitos historicamente conquistados pelo povo argentino. Sua gestão no governo de Maurício Macri também foi marcada por polêmicas, como o caso da morte do ativista Santiago Maldonado, que suscitou críticas sobre o uso da força por parte das autoridades e a investigação do ocorrido.

Contudo, o pronunciamento do Presidente Javier Milei nesta quarta-feira (20) foi o estopim para a realização de protestos em massa por todo o país. Milei anunciou que, por decreto, derrubou centenas de leis consagradas, o que levou milhares de pessoas às ruas para protestar contra o que classificam como um “massacre” aos direitos do povo.

O povo argentino demonstrou sua disposição em se envolver ativamente na esfera pública, manifestando-se contra a supressão de direitos conquistados. As manifestações têm sido uma resposta à abordagem autoritária do governo em relação aos protestos sociais e um clamor pela preservação dos direitos adquiridos ao longo da história.

Essa reação do povo argentino demonstra a importância da participação cívica e do exercício da liberdade de expressão como pilares fundamentais de uma sociedade democrática. As críticas ao governo de Milei refletem a sensibilidade do povo em relação aos direitos fundamentais e a sua disposição em lutar por eles.

Apesar das ações do governo em reprimir manifestações, o povo argentino tem mostrado que não se intimidará e que está disposto a defender os seus direitos. Espera-se que essas manifestações marquem o início de uma reação e mobilização em defesa dos direitos civis em todo o país.

Verbena Córdula | Doutora em História e Comunicação no Mundo Contemporâneo pela Universidad Complutense de Madrid. Professora Titular da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, Bahia.


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