Milei tenta se distanciar de proposta controversa de sua aliada em reação à derrota no primeiro turno

A reação do candidato à presidência da Argentina, Javier Milei, gerou controvérsia após a proposta de sua aliada, Magalí Lemoine. Em uma tentativa de se distanciar da situação e minimizar o impacto negativo em sua campanha, Milei deu uma declaração ambígua, enfatizando o princípio da liberdade defendido pelo seu partido.

“Milei afirmou que cada candidato tem a liberdade de expor suas opiniões, e que os liberais não são uma manada”, disse o presidenciável. Essa declaração sugere que ele não expressou apoio ou rejeição à proposta de Lemoine, ao mesmo tempo em que tentou se desvincular dela.

Curiosamente, Lemoine não esteve presente ao lado de Milei em seu discurso logo após o anúncio dos resultados eleitorais. Isso contrasta com a presença dos demais parlamentares eleitos pelo partido A Liberdade Avança, tanto na Província de Buenos Aires quanto na Cidade de Buenos Aires.

Essa reação da extrema-direita argentina, culpando Lemoine pela derrota de Milei no primeiro turno, pode ser comparada com o comportamento de parte do bolsonarismo no Brasil após as eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, a deputada Carla Zambelli foi apontada como bode expiatório pelo fracasso da tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro.

Segundo assessores, a repercussão de um vídeo em que Zambelli persegue um homem negro com uma pistola pelas ruas de São Paulo, ocorrido na véspera do segundo turno, foi decisiva para a derrota de Bolsonaro.

Essas informações foram divulgadas pelo jornal Página/12.

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