Ministério Público Federal recomenda ao Ministério da Justiça punições para policiais que não utilizem câmeras corporais adequadamente







Recomendação da PGR para uso de câmeras corporais por policiais

Recomendação da PGR para uso de câmeras corporais por policiais

A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu uma recomendação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para estabelecer punições a policiais que não utilizem ou usem inadequadamente câmeras corporais. De acordo com o Ministério Público Federal, o uso incorreto dessas câmeras sem a aplicação de sanções dificulta a efetividade de sua implementação.

Além disso, a PGR sugere que a implementação de câmeras corporais seja um critério obrigatório para o repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional, que são destinados às Secretarias de Segurança Pública do país.

O ofício encaminhado à pasta foi elaborado pela coordenadora da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional, Elizeta Ramos, e contém sugestões do Grupo de Trabalho Interinstitucional Contra o Racismo na Atividade Policial.

O Ministério da Justiça está em fase de transição e em breve terá um novo ministro, Ricardo Lewandowski, que nomeou o procurador-geral de Justiça Mário Luiz Sarrubbo como Secretário Nacional de Segurança Pública. Durante esse período, o órgão abriu uma consulta pública sobre a proposta de portaria que trata da Diretriz Nacional sobre Câmeras Corporais em Segurança Pública.

Entre as sugestões do Ministério Público Federal, está a de que o acionamento das câmeras sem escolha por parte do policial é mais eficaz para reduzir a letalidade policial e prevenir a corrupção. Além disso, eles recomendam que os registros das câmeras sejam armazenados por um período que corresponda, no mínimo, à duração do inquérito e processo judicial em caso de investigações em curso. Também sugerem um intervalo de cinco anos para gravações de ocorrências com resultado de morte ou lesão corporal grave.

Desde a campanha eleitoral de 2022, o debate sobre a adoção de câmeras nos uniformes das PMs tem sido politizado. Recentemente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que não iria investir recursos públicos na instalação de mais câmeras nas fardas, alegando que esse tipo de equipamento não protege o cidadão. No entanto, o Ministério da Justiça anunciou “diretrizes nacionais” para o uso de câmeras, o que fez com que Tarcísio reavaliasse a possibilidade de adquirir mais câmeras corporais para os policiais militares do Estado, relacionando o investimento ao programa estadual de segurança pública “Muralha Paulista”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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