Ministra Anielle Franco denuncia racismo ambiental: pretos e pobres são maiores vítimas da crise climática

No último sábado (15), a ministra do Meio Ambiente, Anielle Franco, foi duramente atacada nas redes sociais por ter afirmado que negros e pobres são, sim, as maiores vítimas da crise climática que afeta o Rio de Janeiro.

A declaração da ministra não deveria ser uma surpresa para ninguém, já que esse é um tema que vem sendo abordado há cerca de 40 anos por ambientalistas e estudiosos da área. Porém, parece que para alguns setores da sociedade, a ideia de que o racismo também é um elemento fundamental na crise ambiental ainda é controversa.

A realidade é que as populações mais pobres e predominantemente negras do Rio de Janeiro são as que mais sofrem com as consequências das mudanças climáticas. As chuvas intensas que causam deslizamentos, inundações e outros desastres naturais afetam diretamente essas comunidades, que muitas vezes vivem em condições precárias e em áreas de risco.

O racismo ambiental, como é chamado esse fenômeno, é uma realidade que não pode ser ignorada. O fato de que as comunidades negras e pobres são as mais afetadas pelas mudanças climáticas já foi amplamente estudado e comprovado por pesquisadores e organizações não governamentais.

Portanto, é inaceitável que a ministra Anielle Franco seja atacada por trazer à tona essa questão tão importante. Em vez de criticá-la, deveríamos estar discutindo maneiras de combater o racismo ambiental e garantir que as comunidades mais vulneráveis sejam devidamente protegidas dos impactos das mudanças climáticas.

É preciso reconhecer que a crise climática não afeta a todos de maneira igual. Negar o papel do racismo nesse cenário é ignorar uma realidade que está diante de nossos olhos. A declaração da ministra Anielle Franco, longe de ser controversa, é apenas a confirmação de um problema que está presente em nossa sociedade há décadas.

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