Ministra da Saúde é questionada por distribuição de verbas e contratação do filho em Cabo Frio, gerando polêmica no governo.





A cidade de Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro, foi a única beneficiada pela portaria 2.169/2023, que destinou recursos acima do teto para atendimento de média e alta complexidade, conhecida como MAC.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem sido alvo de críticas e cobranças para explicar os critérios de escolha das cidades beneficiadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou publicamente a ministra em duas ocasiões, especialmente em relação aos resultados no combate à pandemia de dengue, que atinge níveis epidêmicos no Brasil.

Nísia Trindade compareceu a uma reunião na Comissão de Saúde da Câmara nesta quarta-feira e minimizou a contratação de seu filho pelo município de Cabo Frio, dias após ter liberado recursos extras para a cidade.

Em sua defesa, a ministra afirmou: “Nenhum deputado me constrangerá trazendo a questão de Cabo Frio e do meu filho. Cada destinação de recursos parte de uma avaliação técnica e a nomeação do meu filho para cargo na prefeitura não tem relação com a gestão da Saúde. Estou orgulhosa dos meus filhos e de suas trajetórias.”

De acordo com informações do UOL, o Partido dos Trabalhadores (PT) demonstrou interesse em se aproximar da prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado. O partido busca enfrentar o bolsonarismo na região e vê na prefeita uma possível aliada nessa missão.

Magdala Furtado foi recebida pelo ex-presidente Lula em fevereiro e, logo após o encontro, trocou de partido e anunciou sua intenção de disputar a reeleição com o apoio do PT. O deputado Lindbergh Faria, que intermediou o encontro, nega que verbas do Ministério da Saúde tenham sido usadas para cooptar a prefeita.


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