Ministro classifica descobertas sobre tentativa de golpe como “muito graves” e defende prolongamento do inquérito no STF.



Ministro Barroso considera descobertas sobre tentativa de golpe “muito graves”

Para o ministro, as descobertas sobre tentativa de golpe são “muito graves” e justificam o prolongamento do inquérito. “Eu tinha a expectativa de que quando acabássemos de julgar os casos do 8 de Janeiro, naturalmente, o inquérito caminharia para uma conclusão. Mas aí veio a questão da articulação de um golpe de Estado”, argumentou.

Barroso evitou falar sobre o possível envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama. “Processo, para mim, é prova. Portanto, o processo ainda não chegou ao plenário do Supremo. Não tenho opinião sobre isso e, mesmo que tivesse, jamais a anteciparia.”

Alvo de críticas frequentes de Bolsonaro, o ministro disse ainda que o pior momento do governo anterior foi a campanha pelo voto impresso. Ainda presidente, Bolsonaro chegou a indicar que não aceitaria o resultado das eleições caso o dispositivo de impressão não fosse aplicado.

O pior momento [do governo Bolsonaro] foi o risco da volta do voto impresso, porque sempre achei que ali estava o germe do golpe, a volta ao modelo fraudulento de eleições para poder alegar que houve fraude. Achei que era uma batalha de quase vida ou morte pela democracia brasileira.
Luís Roberto Barroso, em entrevista

O ministro afirmou ainda que as Forças Armadas tiveram comportamento “desleal” por “vazarem informações” da comissão de transparência eleitoral do TSE, então presidido por ele, em 2022. “O que aconteceu ali foi a prova do que uma má liderança pode fazer com uma instituição. Mas as Forças Armadas, no momento decisivo, não embarcaram no golpe”, declarou o ministro.


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