Ministro de Minas e Energia defende início da exploração de gás “fracking” no Brasil, gerando divergências ambientais e econômicas.




Ministro de Minas e Energia defende início da exploração do gás de “fracking”

Ministro de Minas e Energia defende início da exploração do gás de “fracking”

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está defendendo que o Brasil inicie a exploração do gás de “fracking” – também conhecido como fraturamento hidráulico. Essa técnica, que consiste no uso de água com areia e químicos para quebrar rochas profundas e extrair o gás, tem gerado controvérsias.

A técnica é criticada por ambientalistas, que apontam problemas como a contaminação do lençol freático por substâncias químicas, o uso intensivo de água, a degradação do meio ambiente e os riscos para a saúde. Além disso, o gás natural é altamente poluente, o que vai contra as metas estabelecidas na última COP28 da ONU para reduzir o uso de combustíveis fósseis.

No entanto, o ministro Silveira reconhece os impactos ambientais, mas argumenta que é importante analisar a possibilidade de autorizar a atividade, desde que sejam implementadas compensações ambientais. Ele ressalta a importância de conhecer e explorar os potenciais naturais do país para suprir necessidades como aquecimento, produção de alimentos e combate à fome.

O Brasil atualmente não realiza o “fracking”, ao contrário de países como os Estados Unidos e Argentina. No entanto, ambientalistas, como Nicole de Oliveira do Instituto Arayara, afirmam que o debate sobre o assunto já é antigo no país e que muitas cidades já proibiram a prática.

O diretor da ONG 350.org na América Latina, Ilan Zugman, destaca os graves impactos ambientais do “fracking”, como o vazamento de metano e a contaminação de aquíferos. Ele ressalta a incoerência de iniciar a exploração do gás nesse momento de crise climática.

O tema é impulsionado por empresas e associações do setor, além de governos estaduais. O ministro Silveira está buscando políticas para expandir a disponibilidade de gás natural no país, visando tornar a indústria brasileira mais competitiva.

No entanto, a ampliação do uso de gás proveniente do “fracking” vai de encontro à transição energética necessária para reduzir as emissões de carbono. A discussão sobre o “fracking” continua a gerar polêmica e dividir opiniões.

Entenda como funciona o ‘fracking’

Toda a exploração do petróleo e gás existente é realizada através de pequenas gotas ou bolsões abaixo da superfície terrestre. Nas reservas não convencionais, onde o gás está em rochas duras, o “fracking” é utilizado para fraturar a rocha e extrair o gás através de água em alta pressão, químicos e areia.

Após a extração, milhões de litros de líquido usado no processo são descartados, gerando preocupações ambientais. A continuidade desse debate é fundamental para analisar os impactos e benefícios da exploração do gás de “fracking” no Brasil.


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