Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, é cotado como potencial candidato ao Senado em Pernambuco em 2026

Após assumir o cargo de ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) é visto como um potencial candidato ao Senado nas eleições de 2026 em Pernambuco. Sua chegada à Esplanada também fortaleceu o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é cotado para a disputa pelo governo em 2026 contra a atual governadora Raquel Lyra, do PSDB.

A trajetória política de Costa Filho começou em 2019, quando foi eleito deputado federal após ter cumprido um mandato como vereador no Recife e ter sido deputado estadual por três vezes. Com pouco tempo em Brasília, ele se tornou ministro de Lula.

No primeiro mandato de deputado federal, Costa Filho estabeleceu uma relação próxima com João Campos, que também era deputado na época. Os dois se tornaram amigos e firmaram uma aliança política. Em 2020, o partido Republicanos, liderado por Costa Filho em Pernambuco, apoiou a eleição de João Campos para prefeito do Recife. No segundo turno, Costa Filho esteve ao lado de Campos na linha de frente da campanha, mesmo diante da disputa acirrada com a candidata do PT, Marília Arraes.

O apoio leal de Costa Filho em momentos difíceis foi reconhecido publicamente por João Campos, o que é considerado um trunfo para o ministro conseguir uma vaga na disputa pelo Senado em 2026. No entanto, o prefeito tem evitado falar sobre suas intenções eleitorais, afirmando que está focado na gestão do Recife.

Para as eleições de 2026, Raquel Lyra fortaleceu sua base política ao atrair o PSD, que era aliado de Campos na capital pernambucana. Já a proximidade entre Costa Filho e João Campos amenizou as desavenças entre o PT e o PSB. Ambos os políticos são vistos como atuando em conjunto e chegaram a indicar o novo chefe da estatal Codevasf em Pernambuco, o que gerou ruídos com o PT, mas uma superintendência da estatal foi criada no Recife para equilibrar a situação.

Tanto João Campos quanto Costa Filho têm proximidade com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. O novo ministro apoiou Lira desde a primeira disputa pelo comando da Câmara em 2021, quando o PT formalmente aderiu à candidatura de Baleia Rossi.

Ser candidato ao Senado é um dos objetivos antigos de Costa Filho, mas seus aliados acreditam que faltava uma grande vitrine para viabilizar sua candidatura. Agora, a atuação como ministro dos Portos e Aeroportos pode ser seu passaporte para a disputa eleitoral.

A eleição de 2026 contará com duas vagas para o Senado em Pernambuco. Outro aliado de Lula cotado é Humberto Costa (PT), que pode tentar a reeleição, mas também sinalizou interesse em disputar o governo.

A ida de Costa Filho para o ministério inicialmente foi vista com ressalvas pelos aliados de Raquel Lyra, pois isso significaria um fortalecimento de João Campos. No entanto, a governadora mostrou apoio ao novo ministro e prometeu trabalharem juntos por mais investimentos para o estado, como no avanço da aviação regional e na qualificação dos aeroportos do interior. O governo estadual também busca o fortalecimento do Porto de Suape, no Grande Recife.

Entre os aliados da governadora, outros nomes que poderão disputar o Senado são André de Paula (PSD), ex-ministro da Pesca do governo Lula, Anderson Ferreira (PL), ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Eduardo da Fonte (PP), deputado federal, e Fernando Dueire (MDB), senador que assumiu o mandato após a renúncia de Jarbas Vasconcelos.

O PT busca romper a polarização entre Raquel Lyra e João Campos e tem a intenção de se fortalecer no estado para a disputa pelo governo em 2026. Os petistas acreditam que têm mais força que o PSB para encabeçar uma chapa, após a derrota pessebista no pleito de 2022.

O pai de Silvio Costa Filho, ex-deputado Silvio Costa (Republicanos), é o primeiro suplente da senadora Teresa Leitão (PT). Ele tinha esperanças de assumir um mandato no Senado caso a parlamentar fosse nomeada para um ministério de Lula, mas isso não ocorreu. Há a possibilidade de Silvio Costa disputar uma vaga para voltar à Câmara caso Costa Filho seja candidato ao Senado.

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