Ministro do TSE vota para negar recurso de Bolsonaro e mantém inelegibilidade do ex-presidente por oito anos

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu votar contra o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscava reverter a decisão da corte que o declarou inelegível por oito anos. O recurso está em análise em julgamento virtual, em que os ministros têm até o dia 28 de setembro para votar.

A defesa de Bolsonaro apresentou os recursos em agosto, questionando pontos da decisão do TSE que reconheceu o abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores ocorrida em julho do ano passado. Na ocasião, cinco ministros votaram pela inelegibilidade do ex-presidente, enquanto dois se manifestaram a favor dele.

Com essa decisão do TSE, Bolsonaro, atualmente com 68 anos, só poderá se candidatar novamente em 2030, quando completará 75 anos. Isso significa que ele ficará afastado de três eleições durante esse período, incluindo a eleição nacional de 2026.

O processo que levou à inelegibilidade de Bolsonaro foi protocolado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e teve como base a reunião com embaixadores estrangeiros que ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Naquela ocasião, Bolsonaro fez declarações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegando estar embasado em dados oficiais, e também buscou desacreditar os ministros do TSE.

Essa decisão do TSE está sendo amplamente discutida e gerando repercussão política. É importante lembrar que o voto do ministro Benedito Gonçalves é apenas o primeiro, e os demais ministros ainda podem votar até o prazo estabelecido. O resultado final desse julgamento terá grande impacto nas futuras candidaturas de Bolsonaro e nas perspectivas políticas do país.

É necessário aguardar as próximas etapas e os desdobramentos desse processo para entender melhor as consequências dessa decisão do TSE. Assim como a defesa de Bolsonaro, é esperado que outras partes também se manifestem e apresentem seus argumentos até o fim do julgamento. Portanto, esse caso ainda está em desenvolvimento e promete continuar sendo um tema relevante no cenário político brasileiro.

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