Europa promove conferência de paz entre árabes e israelenses
Em uma reunião ministerial em Bruxelas, um representante europeu defendeu a organização de uma conferência de paz “preparatória” entre os europeus e vários países árabes, incluindo Arábia Saudita, Egito e Jordânia, com os Estados Unidos também sendo convidados para a reunião. A proposta foi feita com o intuito de buscar uma solução para o conflito entre palestinos e israelenses.
Ministros europeus reiteraram a importância de uma solução de dois Estados, com palestinos e israelenses vivendo lado a lado, afirmando que essa é a “única solução” viável. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, ressaltou que “quem recusa essa solução até agora não ofereceu nenhuma alternativa”. No entanto, a recusa de Israel em aceitar tal solução foi considerada “preocupante” pelos ministros europeus.
Em relação à rejeição de Israel à soberania palestina, o ministro francês das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, classificou a postura como “inaceitável”, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheal Martin, expressou preocupação com a situação.
Um diplomata, porém, declarou que não é esperado que a reunião resulte em grandes avanços, descrevendo-a como “um balé complexo”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou recentemente sua oposição à “soberania palestina”.
Além disso, os ministros europeus planejam um almoço de trabalho com os representantes egípcio Sameh Shoukry, o saudita Faisal bin Farhane e o jordaniano Ayman Safadi, além do secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit. Acredita-se que esses países e a Liga Árabe possam desempenhar um papel essencial na recuperação econômica e política após o conflito. A expectativa é que haja uma discussão aprofundada com todos os participantes, com o objetivo de tentar entender em que ponto estão as negociações.
Portanto, a proposta da conferência de paz entre árabes e israelenses representa um esforço significativo por parte da Europa em tentar mediar o conflito e buscar uma solução viável para a região. A questão, porém, continua sendo complexa e desafiadora, sem expectativas muito altas para resultados imediatos.
