Modelo de privatização da Sabesp é criticado por especialistas e pode resultar em ofertas de menor valor, levando a incertezas no mercado.




Artigo sobre privatização da Sabesp

Privatização da Sabesp: Especialistas e Investidores Criticam Modelo do Governo de São Paulo

O modelo de privatização da Sabesp anunciado recentemente pelo Governo de São Paulo vem sendo criticado por especialistas e pessoas que acompanham as empresas interessadas em virar sócias do estado na companhia.

Um dos principais receios é de que o formato escolhido para a oferta de ações privilegie uma proposta com valor menor, não a maior — como costuma ser o critério para processos de desestatização. Outra preocupação é com uma cláusula que vai limitar a participação do acionista de referência da Sabesp em novos leilões de saneamento.

Apesar das críticas, a percepção é de que a modelagem tem mais pontos positivos que negativos e as incertezas podem ser ajustadas nas próximas fases. A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) diz que esses contrapontos já estavam no radar e que novos detalhes sobre a privatização ainda serão anunciados.

Modelo Inédito de Follow-On

As dúvidas sobre a oferta de ações vieram porque o Governo de São Paulo escolheu um modelo inédito. O follow-on, como é chamado esse processo, será feito em duas etapas.

Haverá um bloco voltado para os agentes privados interessados em serem acionistas de referência da Sabesp e outro para investidores do mercado.

O acionista de referência será uma espécie de sócio estratégico do governo paulista no negócio. Pelos cálculos atuais, esse grupo investidor deverá levar sozinho 15% da Sabesp, tornando-se o maior acionista depois do governo (que ficaria com algo em torno de 20%). Hoje o governo tem 50,3% das ações.

Na primeira etapa da oferta de ações, as companhias vão dizer qual valor por ação estão dispostas a pagar para se tornarem acionistas de referência.

As duas melhores propostas passam para a segunda etapa, quando serão feitos dois “bookbuildings”, processo em que os investidores do mercado indicam a quantidade de ações que desejam adquirir.


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