MPF aciona Justiça para responsabilizar 42 ex-agentes da ditadura militar por torture e morte de opositores do regime.




MPF aciona Justiça para responsabilizar ex-agentes da ditadura

O Ministério Público Federal (MPF) deu mais um passo na busca pela responsabilização dos envolvidos nos crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil. Nesta semana, o MPF acionou a Justiça para processar 42 ex-agentes do regime por sua ligação com casos de tortura, morte ou desaparecimento forçado de opositores. Entre os nomes listados, estão figuras conhecidas como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Sérgio Paranhos Fleury.

Esta ação do MPF tem como foco principal 26 ex-integrantes do Departamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Vinculado ao Exército, o DOI-Codi foi um dos órgãos mais temidos da repressão durante o período da ditadura. Além desses, a lista de réus inclui ainda 16 ex-servidores do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, totalizando os 42 agentes que estão sendo processados.

O Ministério Público Federal busca, com essa ação, a condenação dos réus ao pagamento de mais de R$ 2,1 milhões. Esse montante, que ainda não foi corrigido pela inflação, representa o ressarcimento pelos danos causados à sociedade brasileira pelas práticas ilegais desses agentes, bem como as indenizações pagas às famílias das vítimas pelo Estado. Para os casos dos réus já falecidos, a reparação financeira será de responsabilidade de seus herdeiros, conforme solicitado pelo MPF.

Essa iniciativa do Ministério Público Federal reacende o debate sobre os crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil e a necessidade de responsabilização dos envolvidos, mesmo décadas após o fim do regime. A sociedade e as famílias das vítimas aguardam por justiça e reparação diante dos traumas deixados por esse período sombrio da história do país.


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