Em uma recente entrevista, o presidente do Equador, Noboa, abordou a mudança na nomenclatura dos grupos que agem de forma violenta no país. Segundo ele, a substituição do termo “crime organizado” por “terroristas” tem um impacto significativo no tipo de medidas que o Estado pode adotar para lidar com as crises envolvendo esses grupos.

Noboa destacou que, ao serem categorizados como terroristas, os grupos violentos passam a ser tratados de acordo com as leis do direito internacional humanitário, que difere das medidas usuais tomadas pelo Equador em relação ao crime organizado. Ele esclareceu: “Eles queriam ser nomeados como grupos do crime organizado porque é mais simples. Mas quando são nomeados terroristas e quando vivemos em estado de conflito ou de guerra, aplicam-se outras leis.”

O presidente também discutiu a possibilidade e a necessidade de as autoridades aderirem ao direito humanitário internacional e reforçou a importância de compreender a gravidade da situação. Ele afirmou: “Estamos em um conflito armado, não internacional. Lutamos pela paz nacional, lutamos também contra grupos terroristas que hoje somam mais de 20 mil pessoas.”

Noboa enfatizou que a recente escalada de violência no Equador está diretamente relacionada à implementação de um novo plano de segurança por parte de seu governo. Ele expressou sua preocupação, mas ressaltou a determinação do governo em garantir a segurança e proteção dos cidadãos em meio a esse cenário desafiador.