Mudanças curriculares em escolas de São Paulo são elogiadas e criticadas por educadores consultados pela Folha.







Artigo – Mudanças curriculares na rede de ensino de São Paulo

Educadores elogiam mudanças curriculares, mas criticam redução das artes

Educadores entrevistados pela Folha elogiaram as mudanças curriculares propostas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para os currículos das escolas da rede paulista, mas criticaram a redução das aulas de artes.

De acordo com a reportagem publicada pela Folha nesta sexta-feira, as mudanças incluem a inclusão de duas aulas semanais de recuperação nas escolas de São Paulo, bem como a ampliação da carga horária de português e matemática do 6º ao 9º ano e do ensino médio.

No entanto, a redução de artes no ensino médio, bem como a extinção de matérias eletivas e a diminuição no número de itinerários, foram fortemente criticadas por especialistas na área de educação.

Reações dos especialistas

Guilherme Lichand, pesquisador e professor de educação na Universidade Stanford, destacou o alinhamento das mudanças com políticas educacionais internacionais, mas ressaltou a importância de ampliar o ensino profissionalizante no estado de São Paulo.

Ele também elogiou a inclusão da recuperação de matemática e português na grade curricular do 6º ao 9º ano, porém, alertou para a necessidade de cuidado ao dividir as turmas em três níveis de proficiência, visando evitar estigmas e desarticulação das políticas educacionais.

Já Katia Smole, especialista em formação de professores de matemática, comemorou a inclusão da recuperação na grade curricular, mas demonstrou preocupação com a redução dos itinerários e a falta de integração no novo currículo do ensino médio. Ela também questionou a falta de preservação dos itinerários para os alunos que cursarão o 3º ano em 2024.

Heloisa Prieto, escritora de literatura infantil, destacou que a diminuição das aulas de artes equivale a uma forma de exclusão dos alunos da rede pública. Ela ressaltou a importância das aulas de artes, principalmente no desenvolvimento integral do aluno.

Conclusão

As mudanças curriculares propostas pela gestão Tarcísio de Freitas têm sido alvo de elogios e críticas por parte dos educadores consultados. A inclusão da recuperação na grade curricular foi amplamente comemorada, porém, a redução das aulas de artes e a falta de integração no novo currículo do ensino médio foram aspectos que geraram preocupação e descontentamento por parte dos especialistas.


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