Mulher e filha que moram no McDonald’s do Leblon revelam detalhes da rotina e recusam ajuda da Prefeitura do Rio.



Matéria sobre afastamento de mulher do trabalho

Bruna diz que decisão de se afastar do trabalho foi dela. Ela não conta com que trabalhava, mas que tudo se resolveria assim que ela “arranjasse um kitnet ou um apartamento de um quarto”.

Gerente teria oferecido vaga no McDonald’s a ela. Bruna conta que o gerente do local a viu conversando em inglês com um estrangeiro no local, e ofereceu que ela trabalhasse na lanchonete. Ela recusou, mas diz que “hoje aceitaria”.

Funcionários não teriam se incomodado com presença de mulheres, diz Bruna. Eles teriam dito que se solidarizavam com situação delas e que, enquanto elas consumissem, podiam ficar na lanchonete.

Mulher nega que a ofereceram ajuda. Entretanto, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio esteve no local nos dias 10 e 16 de março e disse que as mulheres não se sentem em situação de vulnerabilidade e nem quiseram receber ajuda. “Apesar de terem oferecido vagas em abrigos e outros serviços disponíveis na rede de apoio socioassistencial, elas recusaram prontamente”, diz a nota.

Rotina envolvia guardar mesas e cochilos. Segundo Bruna, ela e a mãe não dormiam, mas “cochilavam”. Por volta das cinco horas da manhã, o restaurante fecha e as mulheres tinham de aguardar do lado de fora até as 10h da manhã, quando a equipe acaba a limpeza do estabelecimento.

Relembre o caso

Mulher de 64 anos e filha de 31 anos moram no McDonald’s do Leblon há semanas. O UOL foi até o local e tentou entrevista com Bruna, mas foi ameaçado por ela antes de tentar entrevista. “Você já apagou a foto? Sabia que se eu chamar a PM agora você vai presa? Eu sou estudante de direito, você não vai me enrolar não. Eu vou processar todo mundo que está me expondo”, disse a filha à reportagem.


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