Mulher entra em estado vegetativo após cirurgia no maxilar: família busca justiça e responsabilização dos médicos.







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Uma mulher de 31 anos foi submetida a um procedimento cirúrgico no maxilar e, desde então, vive em estado vegetativo. Larissa Moraes de Carvalho já enfrenta a situação há um ano.

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De acordo com as informações do G1, a estudante de medicina sofreu uma parada cardiorrespiratória em março do ano passado, após passar por uma cirurgia ortognática na Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Ainda segundo as informações, Larissa realizou o procedimento para corrigir alterações de crescimento no maxilar e na mandíbula.

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Depois da operação, a jovem passou mal e, após isso, não retornou à consciência. Após um ano internada, a estudante está sendo tratada em casa.

O pai dela, Ricardo Carvalho, conversou com a imprensa e revelou que a cirurgia era indicada por dentistas desde que ela era criança. “Sabíamos que seria uma cirurgia longa, com anestesia geral, mas, mesmo enquanto estávamos esperando, não pensei em coisas horríveis”, disse ele ao G1.

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Ricardo lembra que, após a cirurgia, viu a filha com o olho virado, mas não sabia que ela estava perdendo a consciência. “Achei que era normal, por conta da cirurgia. Fui andando na frente, para poder abrir a porta do quarto para elas [enfermeiras] entrarem, mas não pude entrar, porque pediram que eu ficasse do lado de fora. Quando abri a porta, vi uma pessoa fazendo massagem cardíaca na minha filha. Depois, o enfermeiro veio me tranquilizar, dizendo que ela estava bem, os batimentos já tinham retornado”, contou ele.

Conforme relatado pela família, o prontuário médico de Larissa indica que ela deixou a sala de recuperação pós-anestésica (RPA) às 17h45 e foi encaminhada a um quarto no 9º andar da unidade. Ao chegar ao cômodo, por volta das 18h02, a paciente já estava em parada cardiorrespiratória. Durante esse intervalo de 17 minutos, de acordo com os familiares, ninguém identificou qualquer problema com ela.

Após o ocorrido, Larissa permaneceu um mês no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Posteriormente, foi transferida para um quarto, onde permaneceu hospitalizada até março deste ano. Desde então, está em tratamento domiciliar, em estado vegetativo.

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Investigação

O hospital Santa Casa de Misericórdia, o médico-cirurgião e o anestesista estão sendo investigados pela Polícia Civil.

O caso foi levado ao Ministério Público de Minas Gerais e, em setembro de 2023, o promotor Jorge Tobias de Souza determinou a abertura da investigação criminal sobre os fatos.

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