Mulheres lideram reconstrução pós-genocídio em Ruanda e iniciativas de paz em Teerã, Israel e Palestina

Um novo projeto internacional buscou entender como as lideranças comunitárias enfrentam violações e propõem alternativas sustentáveis para a promoção dos direitos humanos e da paz em áreas de conflito, campos de refugiados, vilarejos rurais e zonas de vulnerabilidade ou escassez de recursos.

A pesquisadora identificou que, em Ruanda, após o genocídio, as mulheres assumiram um papel fundamental na reconstrução do país e em cargos de poder. Em Teerã, o Museu para a Paz reúne dados sobre conflitos armados e boas práticas de interrupção da violência, articulando projetos de educação para jovens. Em Israel e na Palestina, existe a iniciativa “Combatentes para a Paz”, que reúne ex-militares israelenses e militantes palestinos em busca de soluções pacíficas.

Com base nessa experiência, a pesquisadora Gabriele Garcia apontou a vulnerabilidade das mulheres, crianças e jovens no atual conflito entre Israel e o Hamas, ressaltando que 67% das vítimas são mulheres e crianças e que cerca de 50 mil mulheres em Gaza estão grávidas.

Violência de gênero e prevenção de conflitos

A educadora explica que a criação de uma “cultura robusta” para prevenir conflitos e guerras, como a que ocorre na Faixa de Gaza, passa pela perspectiva de educação para a paz e direitos humanos. Ela defende que é fundamental investir na prevenção de conflitos, citando a campanha internacional “16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero”, que vai de 25 de novembro a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Garcia denuncia que os maiores bancos europeus investiram mais de US$ 87 bilhões de dólares na indústria armamentista nos últimos anos, enquanto menos de 2% das doações globais são direcionadas para organizações lideradas por mulheres ou que trabalham com a temática da equidade de gênero.

Segundo ela, mais investimentos em organizações lideradas por mulheres e engajadas na defesa dos direitos humanos e equidade de gênero podem contribuir para a prevenção de conflitos armados.

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