Natura&Co vende The Body Shop por US$ 254 milhões para gestora alemã de investimentos e divulga lucro de R$ 7 bilhões.




Natura&Co vende The Body Shop

A Natura&Co anunciou nesta terça-feira (14) um acordo vinculante para vender a rede de lojas de cosméticos The Body Shop por cerca de US$ 254 milhões (cerca de R$ 1,24 bilhão) para a gestora alemã de investimentos Aurelius Investment.

Segundo o comunicado divulgado em fato relevante, o pagamento deve ser feito em cinco anos.

Há dois meses, a Natura já havia anunciado que avaliava a venda da marca britânica, fundada pela ativista Anita Roddick em 1976, que levantou como bandeiras o fim dos testes de cosméticos em animais e a defesa do meio ambiente. A marca possui cerca de 2,8 mil lojas em mais de 70 países, vendendo produtos para cabelo, rosto, corpo e maquiagem.

O Aurelius se apresenta como um grupo “focado na criação de valor através da melhoria operacional de empresas com potencial de desenvolvimento”. Com escritórios na Alemanha e no Reino Unido, a instituição afirma em seu site já ter feito investimentos em mais de 100 empresas de “diversas geografias, indústrias e setores” e possui recursos de caixa líquidos para investimentos de mais de £ 200 milhões (R$ 1,2 bilhão).

Na avaliação da Natura&Co, a The Body Shop – que já foi ícone de cosméticos sustentáveis, com uma postura ativista sobre o consumo de produtos de beleza – envelheceu e precisa ser repaginada. Entretanto, a multinacional brasileira não quer ser responsável por este trabalho. Depois de um forte movimento de expansão, a empresa está procurando se concentrar nas suas duas grandes marcas: Natura e Avon.

Lucro de R$ 7 bilhões no terceiro trimestre

Além da negociação da The Body Shop, a Natura&Co divulgou o balanço do terceiro trimestre, que apontou lucro líquido de R$ 7 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 560 milhões sofrido um ano antes, impulsionada pela conclusão da venda da marca Aesop no período.

Excluindo o impacto da venda da Aesop, a Natura teria encerrado o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 745 milhões, afirmou a companhia no balanço.

“Os recursos obtidos com a venda da Aesop, concretizada no final de agosto, nos permitiram avançar rapidamente em nosso plano de gestão de passivos, com mais da metade de nossa dívida já pré-paga até o final do trimestre”, afirmou Barbosa no balanço.

O resultado do trimestre veio apesar de uma queda de 10,5% na receita líquida na comparação anual, para R$ 7,52 bilhões. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 751 milhões, crescimento de 10% na base anual.

Com informações de Daniele Madureira e da Reuters


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