Negociações de paz na região de Nariño, na Colômbia, foram confirmadas pelo governador Luis Alfonso Escobar. Embora não tenha especificado com qual grupo armado seriam as conversas, Escobar destacou que a regionalização da paz é uma vitória para o governo estadual.
A troca de notas entre as delegações do governo e do Exército de Libertação Nacional (ELN) foi realizada após o ministro da Defesa, Iván Velásquez, assegurar o início do processo de libertação de sequestrados por parte do ELN. Além disso, o cessar-fogo acordado entre o grupo guerrilheiro e o governo colombiano em Cuba foi prorrogado até agosto. No entanto, Velásquez não mencionou o número exato de pessoas sequestradas pelo ELN, alegando divergências nos números “oficiais”.
Política de paz
O presidente colombiano, Gustavo Petro, tem mantido um diálogo contínuo com grupos armados como parte de sua política de paz desde o início de seu mandato em 2022. A lei 418, aprovada durante seu governo, estabelece o compromisso do Estado colombiano em negociar o fim dos confrontos com esses grupos, transformando a Paz Total em uma política de Estado.
As negociações com o ELN se unem a outras mesas de diálogo estabelecidas pelo governo, que também incluem a Segunda Marquetalia e o Estado Maior Central (EMC), dissidências das Forças Armadas Colombianas (Farc). Enquanto o ELN foi o primeiro grupo a assinar um Acordo de Paz com o Estado colombiano em 2016, seguido pelas Farc em um acordo que resultou na entrega de armas e na transformação do grupo em um partido político.
Com a implementação dessas políticas, o governo colombiano busca garantir um futuro pacífico e estável para a região, em um esforço continuado para encerrar décadas de conflito armado. A regionalização da paz e o diálogo com os grupos armados são passos importantes nessa direção, visando a construção de um país mais seguro e próspero para seus cidadãos.