Netanyahu chama o Catar de “problemático” em reunião sobre reféns: “Não é diferente da ONU”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, gerou polêmica ao chamar o Catar de “problemático” durante uma gravação vazada de uma reunião com as famílias dos reféns, veiculada pelo canal Channel 12. Na gravação, ele afirma: “Vocês não me viram agradecer o Catar, perceberam? Eu não agradeci o Catar. Por quê? Porque o Catar, para mim, não é diferente, em essência, da ONU, da Cruz Vermelha e de certa maneira é ainda mais problemático. No entanto, estou disposto a usar qualquer mediador neste momento que possa ajudar a trazê-los (os reféns) de volta para casa.”

A declaração causou controvérsia e, solicitado a comentar sobre o assunto e a autenticidade da gravação vazada, um porta-voz do governo israelense limitou-se a dizer que Israel “não pode entrar em detalhes sobre os esforços e medidas tomadas para libertar os reféns”.

Em resposta às declarações de Netanyahu, o ministro das Finanças de extrema direita de Israel, Bezalel Smotrich, acusou o Catar de “apoiar e financiar o terrorismo”. Smotrich chegou a afirmar que o Qatar foi “em grande parte responsável” pelo ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro às comunidades do sul de Israel. Em uma publicação no Twitter, ele escreveu: “Uma coisa é certa: o Qatar não estará envolvido no que acontecer em Gaza no dia seguinte à guerra”.

Essa situação de tensão entre Israel e o Catar ocorre em um momento delicado, em meio aos esforços para libertar os reféns detidos na Faixa de Gaza. Netanyahu já havia expressado sua posição de utilizar qualquer mediador que possa ajudar a trazer os reféns de volta para casa; no entanto, as recentes declarações provocaram uma reação negativa por parte das autoridades do Catar.

Essa troca de declarações e acusações entre as autoridades israelenses e do Catar ressalta a complexidade e sensibilidade das questões envolvidas no conflito na região. A situação permanece em constante evolução e a busca por uma solução pacífica e a libertação dos reféns continua a ser uma prioridade para ambas as partes. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse caso.

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