Neurogênese e cannabis: a necessidade de mais pesquisas para entender os efeitos no cérebro adolescente





Neurogênese por meio da cannabis: pesquisas necessárias

Em 2019, um estudo causou alvoroço, pois descobriu que mais massa cinzenta é formada em determinadas áreas do cérebro em adolescentes após fumar maconha. Mas, nem mesmo os pesquisadores envolvidos quiseram assumir uma posição clara sobre se o aumento da massa cinzenta deveria ser visto como benéfico ou prejudicial. Deve-se ter cautela ao interpretar os dados.

Hoch acredita que a alegação de que a cannabis pode desenvolver novas células cerebrais é interessante e deve ser melhor pesquisada no futuro.

Os experimentos iniciais com animais se concentram no efeito do canabidiol (CBD) sobre a neurogênese, que favorece conexões neuronais ao promover o crescimento de novas células cerebrais. Juntamente com o THC, o CBD é um dos canabinóides mais conhecidos, ou seja, os compostos químicos encontrados na maconha. A pequena, mas sutil diferença: o THC tem um efeito psicoativo, o CBD não.

São necessárias mais pesquisas sobre os compostos químicos da cannabis no corpo, argumenta a pesquisadora Hoch: “Quando os canabinoides promovem a saúde e quando eles trazem riscos?” Mais de 140 canabinoides foram descobertos até o momento. Os efeitos da maioria deles ainda não foram investigados.

A cientista alerta: “Os produtos de cannabis disponíveis no mercado ilegal têm um perfil de canabinoides completamente obscuro. Em geral, eles contêm muito pouco CBD, mas uma grande quantidade do principal ingrediente ativo intoxicante, o THC. Eles também podem conter aditivos perigosos, como opioides ou canabinoides sintéticos, diz Hoch. Portanto, a recomendação da pesquisadora para os jovens é: “Você está fazendo algo bom para o seu cérebro se não fumar maconha”.



### Cannabis e Neurogênese: Uma Perspectiva Científica

No mundo da pesquisa científica, as descobertas muitas vezes levantam mais perguntas do que respostas definitivas. Isso foi evidenciado por um estudo realizado em 2019, que analisou os efeitos da cannabis na formação de massa cinzenta em áreas específicas do cérebro de adolescentes. Os resultados causaram alvoroço e despertaram o interesse da comunidade científica, mas também levantaram dúvidas sobre a interpretação dos dados.

A pesquisadora Hoch, que se debruçou sobre os resultados do estudo, ressaltou a importância de investigar mais a fundo a alegação de que a cannabis pode contribuir para o desenvolvimento de novas células cerebrais. A relação entre o uso de cannabis e a neurogênese é um campo complexo e que requer uma abordagem cuidadosa e rigorosa por parte dos pesquisadores.

Os primeiros experimentos realizados com animais têm se concentrado no canabidiol (CBD), um dos principais compostos encontrados na cannabis, e seu potencial efeito positivo na promoção do crescimento de novas células cerebrais. Em contraste com o THC, outro canabinoide conhecido pela sua ação psicoativa, o CBD tem despertado interesse pela sua suposta capacidade de estimular as conexões neuronais de forma não intoxicante.

Hoch enfatiza a necessidade de mais pesquisas para entender melhor como os compostos químicos da cannabis interagem com o corpo humano e quais são os potenciais benefícios e riscos envolvidos. Com mais de 140 canabinoides identificados até o momento, a maioria dos quais ainda não foi totalmente estudada, há um vasto campo de investigação a ser explorado.

A pesquisadora também alerta para os perigos do consumo de produtos de cannabis de origem ilegal, que muitas vezes possuem uma concentração desproporcional de THC em relação ao CBD, além de possíveis aditivos nocivos. Nesse sentido, ela recomenda cautela, especialmente aos jovens, ao considerar o uso da maconha como algo positivo para o cérebro.

Diante desse panorama, fica evidente que as pesquisas sobre a cannabis e a neurogênese estão apenas começando, e que há muito a ser descoberto e compreendido nesse campo fascinante e complexo da ciência. A mensagem-chave é a necessidade de avançar com cautela e objetividade, buscando sempre a verdade por meio de evidências sólidas e estudos rigorosos.

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