Novos diretores do Banco Central assumem cargos em meio a desgaste provocado por mobilização de servidores.



Novos diretores assumem cargo no Banco Central

No dia 2 de fevereiro, foram oficializadas as posse dos novos diretores do Banco Central indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira. Ambos assinaram os termos de posse como diretores do Banco Central. Picchetti assume a diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Teixeira passa a chefiar a área de Administração, embora tenha sido nomeado por Lula como diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

A alteração na diretoria do Banco Central foi comunicada na última sexta-feira (29) e teve a concordância unânime de toda a diretoria colegiada. A mudança acontece em meio ao desgaste provocado pela mobilização dos servidores do Banco Central, que desde julho de 2023 vêm fazendo operação-padrão e decidiram cruzar os braços durante 24 horas no dia 11 de janeiro de 2024, em reivindicação de isonomia entre as carreiras do funcionalismo público e equiparação de tratamento.

Durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, Teixeira defendeu a valorização da carreira dos funcionários e disse que se empenharia pessoalmente nas tratativas. Cabe ao diretor de Administração do BC dar diretrizes e acompanhar a execução dos processos internos de gestão de pessoas, de aprendizagem e de planejamento.

Os mandatos dos novos diretores do BC vão até 31 de dezembro de 2027, podendo ser renovados por mais quatro anos. Os dois novos integrantes participarão do primeiro encontro do ano do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, agendado para os dias 30 e 31 de janeiro.

A partir de agora, a cúpula do Banco Central contará com quatro nomes indicados pelo atual governo entre os nove membros do colegiado. Gradativamente, o presidente tem colocado no BC nomes mais alinhados ao seu governo, que pede maior flexibilização de juros.

Folha Mercado

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