O atleta Erik Cardoso acredita na sua fé para ultrapassar barreiras e atingir o sucesso no esporte.

Na tarde do último dia 29, o velocista brasileiro Erik Cardoso fez história ao se tornar o primeiro atleta do país a correr a prova dos 100m em menos de 10 segundos. Com o tempo de 9s97, ele conquistou a medalha de prata no Sul-Americano de Atletismo e quebrou o recorde sul-americano da prova.

Erik, de 23 anos, é conhecido por seu ritual antes de cada treino. Ele começa rezando e agradecendo a Deus pelas oportunidades que a vida lhe deu. Em seguida, escreve no chão o tempo que deseja superar na prova. Suas escolhas são aleatórias, mas geralmente são marcas jamais alcançadas por um brasileiro.

Em entrevista à Folha, o atleta explicou sua mentalidade ao entrar em uma pista de corrida: “Eu sempre fui assim, sempre vou para as pistas com o pensamento de melhorar minhas marcas, com fé em Deus”. E dessa vez suas orações foram atendidas.

Ao cruzar a linha de chegada e ver seu tempo confirmado, Erik se ajoelhou e agradeceu. Emocionado, ele lembrou de sua avó recentemente falecida e acreditou que ela estava em festa no céu. O vínculo religioso do atleta é forte e ele credita seu sucesso a Deus, Nossa Senhora e à Igreja Católica.

O feito de Erik é ainda mais especial por ter superado um recorde que durava 35 anos. O ex-atleta Robson Caetano detinha a melhor marca brasileira na prova dos 100m, com 10 segundos. E foi ele quem entregou a medalha de prata para Erik no pódio, fazendo com que o jovem corredor percebesse a importância de seu desempenho para o atletismo brasileiro.

No entanto, o resultado pode ser ainda mais significativo, pois o primeiro colocado no Sul-Americano testou positivo para a substância cardarine em seu exame antidoping. Caso a contraprova confirme o resultado, o brasileiro herdaria a medalha de ouro e o recorde sul-americano.

Apesar das expectativas em torno dele, Erik tem consciência dos desafios que enfrentará nas próximas competições, incluindo o Mundial de Atletismo em Budapeste e os Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Ele entende que fatores psicológicos, físicos e a experiência dos adversários podem ser decisivos para o seu desempenho.

Mas o jovem atleta está confiante em sua preparação e sabe que, com fé e determinação, pode alcançar excelentes resultados. Ele se tornou uma esperança de medalhas para o Brasil e continua motivado a superar suas próprias marcas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo