Na última sexta-feira (25), o mundo da música perdeu um grande nome. Aos 99 anos, faleceu o cantor Carlos Gonzaga, em um hospital na cidade de Velletri, na Itália. A triste notícia foi confirmada pela página oficial do artista no Facebook e também pela prefeitura de Paraisópolis, cidade mineira onde Gonzaga nasceu. As causas da morte ainda não foram divulgadas.
Seu nome de batismo era José Gonzaga Ferreira, mas ele ficou famoso por suas versões brasileiras de diversos sucessos internacionais. Uma de suas maiores conquistas foi a gravação de “Diana”, originalmente interpretada por Paul Anka em 1958. A adaptação feita por Gonzaga, com letras escritas por Fred Jorge, foi um verdadeiro fenômeno nas rádios brasileiras no mesmo ano, coincidindo com o surgimento e disseminação da bossa nova no país.
Esse sucesso o tornou um verdadeiro pioneiro do rock, sendo inclusive o primeiro negro a trabalhar com esse gênero musical no Brasil.
Gonzaga também ficou conhecido por suas versões de outros hits estrangeiros, como “Only You”, “Oh, Carol”, “The Great Pretender” e “Bat Masterson”. Curiosamente, todas essas músicas ganharam nomes abrasileirados, respectivamente: “Só Você”, “Oh, Carol”, “Meu Fingimento” e “Bat Mastersón”. Esta última, inclusive, foi mais um grande sucesso na carreira do cantor, embalando a transmissão da popular série americana de mesmo nome nos anos 1960.
No entanto, foi com “Diana” que Carlos Gonzaga conquistou seu maior destaque ao longo de sua carreira e através das gerações. A canção voltou a estar em evidência nos anos 1970, quando foi selecionada para a trilha sonora da novela “Estúpido Cupido”, exibida pela Rede Globo. Com sua recorrente presença no programa, a música voltou a ocupar as listas de sucesso do país.
Com o crescente surgimento de novos grupos musicais e a ascensão da Jovem Guarda, Gonzaga foi perdendo espaço a partir da metade dos anos 1960. Apesar disso, ele ainda marcou presença em programas de auditório durante as décadas de 1970 e 1980, especialmente após o seu sucesso com “Estúpido Cupido”.
