O grupo Brics realiza movimento histórico ao expandir-se e agregar seis novos países da América Latina, Oriente Médio e África.

Na XV Cúpula dos países BRICS, realizada recentemente, o ex-presidente Lula destacou a importância da diversidade entre os países que integram o grupo. Segundo ele, a experiência tem demonstrado que essa diversidade fortalece a luta por uma nova ordem e acomoda a pluralidade econômica, geográfica e política do século XXI.

Um dos novos integrantes do BRICS é a Arábia Saudita, maior economia do Oriente Médio. O país também faz parte do G20 e teve o maior crescimento entre os membros do grupo em 2022, atingindo a marca de 8,7%. Além disso, é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos nesse quesito. Vale ressaltar que a Arábia Saudita tem se aproximado da China, anunciando a possibilidade de usar a moeda chinesa, o yuan, para a venda de petróleo.

A Argentina é o único país da América Latina a se juntar ao BRICS nesta cúpula. Mesmo enfrentando uma crise inflacionária e nas reservas de seu banco central, o país se mantém como a terceira maior economia da região. Em julho deste ano, a Argentina fechou um empréstimo de 7,5 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Após uma queda no PIB de 9,8% em 2020, o país teve um crescimento de 5,2% em 2022, com um PIB de US$ 1,04 trilhões.

Outro país que se juntou ao BRICS nesta cúpula é o Egito, uma das principais economias do continente africano. Devido à crise na Ucrânia, o Egito também recorreu a um empréstimo do FMI no valor de 3 bilhões de dólares. Atualmente, o PIB do Egito, avaliado em paridade de poder de compra, é o 19º maior do mundo e o segundo maior da África.

A Etiópia é o país da África Subsaariana que entrou para o grupo nesta cúpula. De acordo com o relatório World Economic Outlook, a Etiópia poderá se tornar a terceira maior economia da região, ultrapassando Angola e Quênia.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) também se uniram ao BRICS. O país é a quarta maior economia do Oriente Médio, com um PIB de US$ 890 bilhões (PPP) estimado para 2023.

Por fim, o Irã, um dos países mais sancionados pelos Estados Unidos, também entrou para o BRICS. Em 2022, o país foi a 22ª maior economia do mundo, alcançando um PIB de US$ 1,596 bilhões. É importante ressaltar que o PIB baseado na paridade do poder de compra também foi de US$ 1,596 bilhões no mesmo ano.

Com a entrada desses novos países, o BRICS se torna ainda mais diverso e fortalece a busca por uma nova ordem mundial que acomode as diferentes realidades econômicas, geográficas e políticas do século XXI.

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