O sucesso da economia dos EUA: Por que Biden deve se orgulhar e reivindicar o crédito




Economia dos Estados Unidos em destaque

Economia dos Estados Unidos em destaque

A economia dos Estados Unidos acaba de passar por um ano extraordinariamente bem-sucedido. Muitos economistas (embora nem todos nós) previram que controlar a inflação exigiria uma recessão e um período prolongado de alto desemprego. Em vez disso, a inflação despencou —nos últimos seis meses, a medida preferida pelo Federal Reserve para a inflação subjacente tem ficado ligeiramente abaixo da taxa-alvo de 2%— mesmo com a economia em alta, com o produto interno bruto real aumentando 3,1% e o emprego aumentando em 2,9 milhões.

Caso você esteja se perguntando, o relatório de inflação um pouco alto desta terça-feira (13) não muda muito a história. Nunca se deve dar muita importância aos dados de um mês, especialmente para janeiro, que costuma ser instável. Como o Goldman Sachs observou antecipadamente em um boletim, o banco espera “um impulso temporário” no índice de preços ao consumidor principal “devido a aumentos de preços no início do ano, que esperamos ser mais pronunciados nas categorias de medicamentos prescritos, seguro de carro, tabaco e serviços médicos”.

Fundamentalmente, o quadro econômico continua muito bom.

No entanto, continuo ouvindo analistas políticos e comentaristas dizendo que o presidente Joe Biden não deveria se gabar da boa economia, porque os americanos não estão sentindo isso, e falar das boas notícias faz os democratas parecerem desconectados.

Este é um conselho muito estranho.

Para começar, quando ser humilde em relação à economia já funcionou como estratégia política? Donald Trump se gabou da criação de empregos em maio de 2020, quando a taxa de desemprego era de 13,3%, porque havia caído em relação aos 14,7% do mês anterior. Isso o prejudicou? Os especialistas estão sugerindo que Biden emule Jimmy Carter falando sobre mal-estar nacional?

Além disso, a premissa factual deste comentário está errada. Todas as principais pesquisas de sentimento do consumidor mostram que os americanos estão, de fato, cientes de que a economia está melhorando. A venerável pesquisa de Michigan mostra que o sentimento do consumidor disparou nos últimos meses. Outra pesquisa de longa data, do Conference Board, mostra que a avaliação dos consumidores da “situação atual” está de volta ao patamar de 2018.

E um novo participante, o Civiqs, também mostra uma melhora substancial desde 2022, que se acelerou nos últimos meses.

Então, de onde vem a visão de que os democratas não devem falar sobre seu sucesso econômico? Minha suposição é que pelo menos alguns especialistas decidiram há um ano ou mais que os eleitores simplesmente não estavam sentindo as boas notícias e estão se agarrando a essa visão, mesmo que as evidências tenham mudado.

Uma questão especial: continuo ouvindo dizer que os americanos não se importam com a taxa de inflação, apenas com o nível de preços. Isso pode parecer plausível, mas o fato é que os eleitores persuadíveis começaram a se sentir muito melhor em relação à economia quando a inflação diminuiu, mesmo que os preços ainda estejam subindo.

Portanto, sim, Biden deve destacar seu histórico econômico. É bizarro argumentar o contrário.


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