Ofensiva militar dos Estados Unidos provoca condenação do Iraque, do Irã e da União Europeia na região do Oriente Médio

Crise se agrava no Oriente Médio

A tensão entre Estados Unidos, Irã e Iraque atingiu um novo patamar após uma série de ataques no fim de semana. O governo iraquiano condenou veementemente a invasão de seu território, classificando-a como uma “violação da soberania iraquiana” e alertando que as consequências poderiam ser desastrosas para a segurança e a estabilidade da região.

Por sua vez, a Casa Branca afirmou que havia informado o governo iraquiano antes dos ataques. Segundo a administração norte-americana, a ação militar tinha como alvo centros de comando e inteligência, bem como instalações de armazenamento de drones e mísseis utilizados para ataques contra as forças dos EUA e da coalizão internacional.

Teerã, capital do Irã, denunciou os bombardeios como “ações aventureiras” e alertou para a intensificação das tensões e instabilidade na região como resultado das suas consequências. O ministro de Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, reagiu veementemente à invasão, sem mencionar se houve vítimas iranianas nos ataques.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por sua vez, afirmou que a resposta já começou e que ela continuará nos prazos e locais determinados pelo governo norte-americano. Desde meados de outubro, mais de 165 ataques de drones e foguetes tiveram como alvo as forças norte-americanas mobilizadas com a coalizão anti-jihadista no Iraque e na Síria.

Diante desse cenário, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou sobre a necessidade de evitar que a situação se torne explosiva. Enquanto isso, o grupo militante Hamas recebeu uma nova proposta de cessar-fogo elaborada por Israel e pelos Estados Unidos e encaminhada por Egito e Catar. No entanto, a situação continua tensa na região do Oriente Médio e qualquer faísca pode resultar em uma escalada de conflitos.

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