OMC enfrenta pressão por acordos em Abu Dhabi antes da possível reeleição de Trump como presidente dos EUA.





OMC enfrenta pressões para alcançar acordos sobre reformas antes da possível reeleição de Trump

A Organização Mundial do Comércio (OMC) está enfrentando pressões para alcançar acordos sobre reformas em Abu Dhabi, antes da possível reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Em seus quatro anos de mandato, Trump ameaçou retirar o país da organização comercial e bloqueou o mecanismo de resolução de litígios da OMC.

“Eleições acontecerão em novembro nos Estados Unidos, portanto esta é a última oportunidade”, disse à AFP uma fonte diplomática em Genebra que pediu anonimato.

“Adiar algo para depois da MC13 não é uma boa estratégia”, advertiu.

Há algumas semanas, a representante comercial do governo norte-americano, Katherine Tai, insistiu que o país mantém o “compromisso com a reforma da OMC e a criação de um sistema de comércio multilateral mais duradouro”.

O professor Olarreaga, especialista em comércio internacional, afirmou que não podemos esperar grandes concessões do governo de Joe Biden em um ano eleitoral.

“Risco de fragmentação”

Apesar das dúvidas sobre a possibilidade de acordos em temas importantes, há esperanças de pequenos avanços em outras questões, em particular a ajuda para os países em desenvolvimento.

A OMC recebe dois novos países membros nesta segunda-feira, Comores e Timor-Leste.

Mais de 120 países, incluindo a China e a União Europeia, divulgaram nesta segunda-feira a conclusão de um acordo para facilitar os investimentos internacionais de desenvolvimento.

Também pediram a incorporação desse acordo à OMC, mas alguns diplomatas temem a oposição da Índia, que rejeita qualquer acordo que não inclua todos os países membros.

O pacto pretende facilitar o fluxo de investimento estrangeiro direto, especialmente nos países menos desenvolvidos, para promover o desenvolvimento sustentável.

Para concretizar o objetivo, os países participantes concordaram em melhorar as medidas de transparência, agilizar os procedimentos administrativos, adotar outras medidas para facilitar os investimentos e promover a cooperação internacional.

Caso não haja consenso pleno, acordos plurilaterais estão sendo alcançados, com menos signatários e aplicados apenas aos países participantes.

Outras dificuldades enfrentadas pelos participantes da reunião são a guerra na Faixa de Gaza e os ataques de houthis no Iêmen contra navios comerciais no Mar Vermelho.

“A situação atual é caracterizada por tensões geopolíticas”, declarou à AFP um diplomata europeu que pediu anonimato.

“Grandes expectativas dos países em desenvolvimento após a crise financeira e a pandemia de covid-19, assim como as tensões econômicas provocadas pela inflação, aumentam o risco de fragmentação na economia mundial”, acrescentou a mesma fonte.



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