OMS aprova uso de nova vacina contra malária em crianças, ampliando medidas de combate à doença letal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou oficialmente nesta sexta-feira (02) a aprovação de um novo marco na luta contra a malária, doença que continua a ceifar a vida de milhares de pessoas todos os anos. A entidade de saúde concedeu a permissão para o uso em crianças de uma segunda vacina contra essa enfermidade.

A malária é uma doença transmitida pelo mosquito Anopheles infectado pelo parasita Plasmodium. Estima-se que a cada ano, cerca de 228 milhões de pessoas sejam infectadas em todo o mundo, levando a aproximadamente 405.000 mortes, a maioria delas ocorrendo em crianças menores de cinco anos. Embora já exista uma vacina autorizada para o combate à malária, esta é a primeira vez que a OMS reconhece a eficácia de uma segunda opção de vacina para os pequenos.

A nova vacina, cujo nome não foi divulgado, foi desenvolvida após anos de pesquisa e testes clínicos rigorosos. Ela é composta por uma combinação de antígenos específicos, projetados para desencadear uma resposta imunológica no corpo das crianças, protegendo-as contra os diferentes tipos de parasitas da malária.

A aprovação dessa segunda vacina pela OMS é um passo significativo no combate à malária, especialmente nas regiões mais afetadas pela doença, como a África Subsaariana. Estudos científicos mostraram uma redução significativa de casos de malária grave e de hospitalização em crianças vacinadas.

Agora, com duas opções de vacinas autorizadas, será possível intensificar a prevenção e o controle da malária em níveis globais. O diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou a importância dessa decisão para crianças em todo o mundo, afirmando que “a vacina da malária tem o potencial de salvar vidas e ajudar a prevenir a propagação da doença, especialmente nas comunidades mais vulneráveis”.

No entanto, mesmo com essa nova conquista, especialistas alertam que a imunização por si só não é suficiente para erradicar a malária por completo. É crucial continuar investindo em medidas preventivas, como o uso de mosquiteiros impregnados com inseticida e o controle dos focos de mosquitos. Além disso, é necessário garantir o acesso equitativo às vacinas para as populações mais vulneráveis, especialmente aquelas que vivem em áreas remotas e de difícil acesso.

Com o avanço no combate à malária, a comunidade global de saúde está mais perto do objetivo de eliminar essa doença devastadora. A OMS continuará a trabalhar em parceria com governos, organizações não governamentais e a indústria farmacêutica para tornar a vacinação amplamente disponível, salvando vidas e protegendo as futuras gerações contra essa enfermidade.

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