OMS lança projeto Sarah para ajudar na melhoria da saúde
No último domingo (7), em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou um projeto inovador: a Sarah (Smart AI Resource Assistant for Health), um avatar interativo alimentado por inteligência artificial generativa. A ferramenta tem como objetivo auxiliar as pessoas na promoção de sua própria saúde.
Esse protótipo, inicialmente batizado de Florença e utilizado durante a pandemia de Covid-19, agora retorna com um novo modelo de linguagem e tecnologia mais avançada. A Sarah é capaz de interagir com os usuários 24 horas por dia e em oito idiomas diferentes: português, inglês, espanhol, francês, russo, hindi, árabe e mandarim.
Embora por enquanto a Sarah se limite a oferecer recomendações gerais e informações básicas sobre sintomas e doenças, ela consegue demonstrar empatia. Mesmo com características que ainda a identificam como um robô, o avatar é capaz de movimentar a cabeça e os olhos durante a interação com os usuários.
A experiência de interação com a Sarah foi realizada em português, e ao relatar sintomas de dengue, a ferramenta orientou a procurar um médico imediatamente. Além disso, recomendou repouso, hidratação adequada e evitar a automedicação.
Diante de informações falsas que circulam nas redes sociais, como a queima da borra de café para afastar o mosquito da dengue, a Sarah foi enfática ao destacar a falta de comprovação científica sobre esse método. Por outro lado, ela mencionou que o óleo de citronela é capaz de afastar o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, mas ressaltou que não é um método completamente eficaz, indicando a eliminação dos criadouros e o uso de repelentes como medidas mais seguras.
A OMS reconheceu as limitações do sistema atual e a necessidade de aperfeiçoamento, porém optou por lançar a ferramenta rapidamente para evitar que a tecnologia associada a informações de saúde caia em mãos de empresas com interesses econômicos. A organização espera que a Sarah seja aprimorada com a interação humana, destacando a importância da comunidade de pesquisa para explorar como a tecnologia pode reduzir desigualdades e fornecer informações confiáveis sobre saúde.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “o futuro da saúde é digital” e que apoiar os países na adoção de tecnologias para a saúde é uma prioridade. Ele elogiou a iniciativa da Sarah como uma forma de utilizar inteligência artificial para aprimorar o acesso à informação de saúde de maneira mais interativa.