Onda de calor castiga o Brasil, enquanto região Sul enfrenta tempestades e chuvas torrenciais desde setembro, alerta Inmet.




Reportagem sobre a Onda de Chuvas na Região Sul

Região Sul do Brasil sofre com chuvas frequentes e tempestades

Por redação do jornal

Enquanto grande parte do Brasil enfrenta uma onda de calor, os estados da região Sul continuam sofrendo com a chuva frequente que tem se estendido desde o mês de setembro, que foi um dos mais chuvosos da história do Rio Grande do Sul, resultando em dezenas de mortes.

Nesta segunda-feira (13), o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta laranja para tempestades em uma área que abrange o Rio Grande do Sul, a maior parte de Santa Catarina, o oeste do Paraná e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Esses dois últimos estados estão lidando não apenas com as tempestades, mas também com uma onda de calor.

No Rio Grande do Sul, o alerta vermelho para grande volume de chuvas esteve em vigor ao longo do final de semana e foi retirado no final da manhã desta segunda-feira pelo Inmet. Em alguns municípios, como Porto Alegre, choveu mais nas últimas 24 horas do que a média prevista para novembro, totalizando 110 milímetros de chuva, 4,5 mm a mais do que o previsto para o mês inteiro.

Em Taquara, na região metropolitana de Porto Alegre, as câmeras do Observatório Espacial Heller & Jung contabilizaram 432 ocorrências de raios em um intervalo de 24 horas, em uma extensão de apenas 40 km. Conforme a MetSul Meteorologia, São Borja, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, registrou 8.000 raios desde domingo.

De acordo com a Defesa Civil do RS, foram reportados danos em municípios entre a região metropolitana de Porto Alegre e o litoral norte do estado, incluindo Cachoeira do Sul, Nova Santa Rita e Santo Antônio da Patrulha.

Em Laguna, no litoral sul de Santa Catarina, a chuva causou um “tsunami meteorológico”, inundando repentinamente a praia e atingindo carros estacionados. Diferentemente dos tsunamis causados por terremotos, o tsunami meteorológico é formado por rajadas de vento e queda brusca de pressão, fazendo com que o mar avance repentinamente sobre a costa.

Segundo a MetSul, as tempestades no Sul ocorrem devido à união de dois fatores: um ciclone extratropical se formou no Atlântico próximo das Ilhas Malvinas, gerando uma frente fria que se estende até o Uruguai e o sul do Brasil. No entanto, o sistema não consegue romper o bloqueio da massa de ar quente que está afetando o restante do país.

Esse ar superaquecido no sentido oposto garante a energia para que o sistema de tempestade se forme e cause chuvas por vezes torrenciais nas próximas horas.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo