ONU lança relatório alarmante sobre aumento da temperatura global e urgência de redução das emissões de gases de efeito estufa

Existe um consenso entre os especialistas de que medidas drásticas precisam ser tomadas para evitar um aumento perigoso na temperatura do planeta. De acordo com um novo relatório lançado pela ONU, a temperatura poderá subir entre 2,4 e 2,6 graus até 2050 se não forem feitos esforços significativos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O documento alerta que, mesmo diante dos eventos extremos que têm causado perdas humanas e destruição, as emissões de gases de efeito estufa continuam aumentando. Segundo o relatório, este ano as emissões superarão os recordes já registrados em 2022.

Para limitar o aquecimento global a 1,5 graus, é necessário reduzir anualmente as emissões líquidas em cerca de 8%. Isso significa não apenas parar de emitir gases de efeito estufa, como também capturá-los da atmosfera. Essa captura seria uma forma de “emissão negativa”, capaz de frear o aquecimento do planeta, como destacado pelo Nexo Jornal.

Os impactos das mudanças climáticas têm sido especialmente devastadores no continente africano. Ondas de calor, chuvas fortes, inundações, ciclones tropicais e secas prolongadas têm causado enormes prejuízos nas comunidades e nas economias locais. O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, ressaltou que a África é o continente com menor capacidade para lidar com esses impactos negativos.

A agricultura é o setor mais afetado pelas alterações climáticas na África, já que absorve mais de 55% da força de trabalho local. A produtividade agrícola no continente é mais vulnerável às condições climáticas do que em outras regiões do mundo, aponta o relatório da OMM.

Além disso, as mudanças climáticas e a diminuição dos recursos naturais podem levar a conflitos por terras produtivas, água e pastagens. O continente africano enfrenta sérios desafios em termos de observações meteorológicas e serviços de alerta precoce, o que agrava ainda mais a vulnerabilidade da região.

Diante desse cenário preocupante, fica claro que medidas urgentes e eficazes devem ser adotadas para combater as mudanças climáticas. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em tecnologias de captura de carbono são passos fundamentais para evitar um futuro com consequências ainda mais graves para o planeta e para as futuras gerações.

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