Após uma operação profissional e urgente, as forças de segurança equatorianas conseguiram retomar o controle do Centro de Reabilitação Social 4. O presidente Daniel Noboa agradeceu à coragem do bloco de segurança responsável pela ação, que evitou uma possível escalada da revolta. A declaração foi feita em uma transmissão na rede X, na qual o mandatário destacou a importância da ação coordenada para evitar danos maiores.
Embora as autoridades não tenham confirmado mortos ou feridos no episódio, a plataforma cidadã SOScárceles divulgou imagens nas redes sociais que indicam a morte de um prisioneiro durante a rebelião. A organização tem como objetivo promover os direitos humanos e a paz nas penitenciárias equatorianas, sendo um importante canal de informação sobre a situação nos presídios do país.
As penitenciárias equatorianas têm sido palco de conflitos entre diversos grupos de narcotraficantes ligados a cartéis internacionais. As rebeliões de detentos são frequentes, e apesar disso, esta foi a primeira enfrentada por Noboa desde que assumiu a presidência, em novembro.
A rebelião ocorreu em um dos centros de detenção que compõem o complexo penitenciário de Guayaquil, conhecido por registrar uma série de massacres entre presidiários nos últimos anos. Mais de 460 mortes foram causadas por confrontos entre grupos criminosos desde 2021, evidenciando a gravidade da situação no sistema carcerário equatoriano.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram os detentos queimando colchões em protesto contra os supostos maus-tratos recebidos dos militares responsáveis pela segurança interna das prisões. Nas gravações, é possível ouvir detentos relatando temer pela própria vida e denunciando agressões sofridas.
