Em uma ofensiva contra o garimpo ilegal na Amazônia, o governo brasileiro incendiou barcaças, destruiu equipamentos e deteve garimpeiros. Essa ação é parte da promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de erradicar o garimpo ilegal e acabar com o desmatamento na região até 2030.
A missão recente envolveu a destruição de barracas, escavadeiras, equipamentos de dragagem e suprimentos de combustível na Floresta Nacional de Urupadi, no Amazonas. Os agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também detiveram alguns garimpeiros durante a operação.
Os garimpeiros haviam desmatado grandes extensões de floresta e escavado dezenas de lagoas para extrair ouro, utilizando mercúrio para separá-lo da areia e do minério. Esse processo é altamente prejudicial ao meio ambiente, contaminando os rios e envenenando os peixes.
Em busca de frear o avanço do garimpo ilegal, os agentes do ICMBio chegaram ao ponto de disparar contra barcos a motor que levavam garimpeiros em fuga. Além disso, eles incendiaram equipamentos e explosivos barris de óleo diesel para evitar que fossem reutilizados pelos garimpeiros.
O coordenador da operação do ICMBio na Floresta Nacional de Urupadi, Sidney Serafim, destacou a persistência dos garimpeiros, afirmando que “estivamos aqui um mês atrás e os garimpeiros voltaram novamente e continuaram cometendo crimes ambientais reativando o garimpo”.
Essa ação representa uma forte reversão da política ambiental do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi criticada mundialmente por relaxar os controles ambientais, permitindo a atuação ilegal de madeireiros e garimpeiros na Amazônia. Bolsonaro defendia o direito do Brasil de desenvolver seus recursos naturais, mas a gestão de Lula prometeu uma postura mais rigorosa e voltada para a preservação da floresta.
Essa abordagem mais firme em relação ao garimpo ilegal e ao desmatamento na Amazônia reflete a importância do tema da preservação ambiental e da biodiversidade na agenda política nacional e internacional.
