Operação Polícia Federal desarticula esquema de fraudes em licitações com recursos do SUS
A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal, deflagrou a operação Plenitude para investigar fraudes em licitações com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e lavagem de R$ 1,7 bilhão. A ação tem como alvo a repartição indevida de valores para servidores públicos de diversas prefeituras do estado do Pará.
Segundo as autoridades, as irregularidades incluem a utilização de empresas de fachada e laranjas para lavagem de capitais, bem como a suspeita de evasão de divisas por meio de empresas estabelecidas em paraísos fiscais.
A 4ª Vara Federal Criminal da Justiça do Pará autorizou o sequestro de bens dos investigados no valor total de R$ 1,7 bilhão. Os crimes investigados são atribuídos a pessoas físicas que se valeram de empresas atuantes na área de construção civil e saneamento no Pará e em outras unidades da federação.
De acordo com as apurações, uma grande empresa do estado teria apresentado movimentações financeiras suspeitas entre os anos de 2017 e 2022, envolvendo o recebimento de verbas públicas e repasses a diversas pessoas físicas e jurídicas, incluindo servidores públicos. A Receita Federal identificou que parte das operações era realizada por empresas de fachada, contadores, e escritórios de contabilidade.
A operação mobilizou mais de 150 policiais federais, que cumpriram 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços com 42 alvos. Além disso, foram realizadas ações em Belém, Benevides, Parauapebas, Ananindeua, Santa Maria do Pará, São Miguel do Guamá e Barueri, no estado de São Paulo.
Após a análise do material apreendido, os investigadores irão aprofundar o caso para esclarecer os fatos criminais e responsabilizar cada suspeito individualmente.