Operação Última Milha da PF investiga envolvimento de Ramagem em uso ilegal de sistema secreto com possível chantageamento na Abin.

A operação Última Milha, da Polícia Federal, realizada no dia 20 de outubro, resultou na prisão de diversos servidores e no afastamento de um membro da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A investigação está centrada no uso de um sistema secreto durante os primeiros três anos de governo do presidente Jair Bolsonaro.

Durante esse período, a Abin era gerida por Ramagem, que chegou a declarar nas redes sociais que a investigação da Polícia Federal era resultado do “trabalho de austeridade” da sua gestão. Entretanto, uma reportagem do UOL, publicada cinco dias após as prisões, revelou que o deputado havia barrado a demissão de dois servidores da Abin envolvidos em fraude de licitação. A PF agora investiga se Ramagem foi chantageado por esses servidores com informações sobre o uso do software First Mile para espionagem ilegal, o que evidenciaria uma situação de corrupção.

Apesar das controvérsias, Ramagem permanece próximo ao clã Bolsonaro e é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2024, com o apoio do ex-presidente e de seus filhos.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, defendeu Ramagem em uma entrevista ao SBT, afirmando que não acreditava no envolvimento do deputado na espionagem e que ele seria o candidato ideal para a prefeitura do Rio. No entanto, a posição de Costa Neto sobre a candidatura já foi diferente, tendo ele defendido o general Braga Netto para a disputa após a morte de três médicos, um deles irmão de uma deputada federal, em um quiosque na Barra da Tijuca.

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