Operação Verão da PM-SP: Balanço final após 4 meses na Baixada Santista revela números alarmantes de mortos e presos.





O governo de São Paulo encerra a Operação Verão após quatro meses

No último dia primeiro de março, o governo de São Paulo anunciou o encerramento da Operação Verão, realizada pela Polícia Militar na Baixada Santista. Segundo dados divulgados, a ação resultou em 56 mortes, 1.025 prisões, 47 menores apreendidos e a apreensão de 2,6 toneladas de drogas. De acordo com a gestão de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, a operação atingiu seus objetivos.

Entretanto, a Operação Verão se tornou a segunda ação mais letal da história da PM-SP, ficando atrás apenas do massacre do Carandiru em 1992, que resultou em 111 mortos. Além disso, houve denúncias de excessos por parte dos agentes, que foram negadas por Tarcisio em declarações à imprensa. “Temos muita tranquilidade com relação ao que está sendo feito. O pessoal pode ir à ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”, afirmou o governador em resposta às críticas.

O aumento da letalidade da polícia paulista em cerca de 70% no primeiro trimestre deste ano, especialmente na Baixada Santista, levantou questionamentos sobre a estratégia de segurança adotada por Tarcísio, que é associada à direita bolsonarista. Essa abordagem se reflete nas mudanças recentes na cúpula da PM, promovidas pelo secretário de Segurança, Guilherme Derrite.

Análise no Café da Manhã

O programa de podcast “Café da Manhã” desta quarta-feira, dia 3, discute as operações da Polícia Militar de São Paulo e investiga como a segurança pública tem sido utilizada como plataforma política por figuras como o governador Tarcísio de Freitas. A advogada e socióloga Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, é a convidada para abordar esse tema.

O “Café da Manhã” é disponibilizado no Spotify, plataforma de streaming parceira da mídia. Para ouvir o episódio completo, basta acessar o aplicativo e clicar no link acima. O podcast é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe, e edição de som feita por Thomé Granemann.


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