Em uma declaração polêmica, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, rejeitou veementemente a possibilidade de rápida entrada da Ucrânia na União Europeia. Em um post no Facebook, o líder nacionalista conservador, conhecido por sua proximidade com o presidente russo Vladimir Putin, deixou claro que não pretende apoiar tal movimento.
A declaração de Orbán ocorre em um momento crucial, visto que os líderes da UE começaram a se reunir em Bruxelas para uma conferência que terá início oficialmente na quinta-feira. A resistência de Orbán em permitir que a Ucrânia inicie negociações de adesão e receba ajuda financeira e militar substancial do orçamento da UE ameaça criar um impasse na cúpula.
Enquanto Kiev busca aderir à UE e fortalecer suas alianças com o Ocidente, sua distância em relação à Rússia pós-soviética é cada vez maior. Com uma ajuda econômica de 50 bilhões de euros e um suporte militar de 20 bilhões de euros sendo vitais para seus esforços de guerra, a pressão sobre os líderes da UE para apoiar a Ucrânia é intensa.
Em resposta às ações de Orbán, o novo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, descreveu o líder húngaro como “muito pragmático” e afirmou que estava determinado a encontrar uma maneira de convencê-lo. Segundo Tusk, a apatia em relação à Ucrânia é inaceitável e ele trabalhará para persuadir outros líderes da UE sobre a necessidade de ajudar o país.
Essa posição de Orbán e a discordância em relação à questão ucraniana certamente trarão tensão à cúpula da UE e podem sinalizar um impasse nas negociações. Resta saber como os líderes europeus lidarão com essa questão delicada e crucial que está em jogo no plano geopolítico atual.
Espera-se que a conferência em Bruxelas traga mais clareza sobre a postura da UE em relação à Ucrânia e as medidas que serão adotadas para lidar com a situação atual. Os olhos do mundo estão voltados para os líderes europeus e as decisões que tomarão em relação a um dos temas mais sensíveis da geopolítica atual.
