Organização criminosa escraviza menores de até 12 anos para trabalho sexual e é desmantelada em operação policial multilateral

A denúncia feita pelo chefe da divisão policial de Ordem e Segurança, general Víctor Zanabria, chocou a população ao revelar que menores de até 12 anos estavam sendo capturadas e escravizadas sexualmente em uma operação criminosa que se utilizava de catálogos mórbidos nas redes sociais. Segundo o general, a organização operava em diferentes locais comerciais, como discotecas e hostels, e agendava uma série de trabalhos sexuais com a participação das migrantes.

As vítimas, em sua maioria venezuelanas que migraram para o Peru mediante fraudes e promessas de trabalho estável, eram oferecidas em catálogos enviados por WhatsApp e redes sociais, onde apareciam as fotos das menores com suas idades. A situação é ainda mais alarmante quando se considera que as mulheres migraram em busca de uma vida melhor, mas foram obrigadas a se prostituir mediante ameaças, de acordo com as autoridades.

O resgate de 60 mulheres colombianas, venezuelanas e peruanas em uma operação que resultou na captura de 22 pessoas causou revolta e indignação na comunidade. A organização criminosa Trem de Aragua, que foi criada em 2014 no estado venezuelano de Aragua, se estendeu para oito países sul-americanos, incluindo Colômbia, Peru e Chile, de acordo com informes de inteligência.

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