Os líderes concordam em expandir o bloco Brics, adicionando mais 5 ou 6 países, em prol do fortalecimento econômico.

No último mês, foi estabelecido que apenas os cinco líderes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderiam tomar uma decisão política sobre a expansão do bloco, sob quais condições e critérios. Essa expansão vinha sendo negociada ao longo dos últimos meses, porém, devido a diferenças profundas entre os países, optou-se por realizar um retiro exclusivamente entre os presidentes.

Fontes entre os negociadores revelam que a China havia proposto que não houvesse uma negociação durante a cúpula. O presidente chinês, Xi Jinping, é conhecido por sua postura “imperial” nos eventos e preferia que as decisões fossem tomadas previamente. No entanto, tanto o Brasil quanto os sul-africanos, cujos líderes têm origem sindical, estavam dispostos a participar do retiro para negociar um acordo político.

Vladimir Putin, líder russo, optou por não viajar até a África do Sul devido ao risco de ser preso por conta de um indiciamento do Tribunal Penal Internacional. No entanto, ele participou do retiro e dos debates por videoconferência, enquanto seu chanceler, Sergey Lavrov, estará presente no encontro presencialmente.

Ao longo dos últimos meses, os negociadores trabalharam em diferentes cenários sobre a expansão da aliança. Essa ideia foi liderada pela China, que busca ampliar sua influência e, na visão de alguns grupos dentro do governo brasileiro, realizar uma ofensiva para instrumentalizar os BRICS.

A tentativa da China de estabelecer um bloco para chamar de seu tem despertado especulações e discussões. Enquanto alguns veem isso como uma oportunidade de fortalecer as relações econômicas e geopolíticas, outros acreditam que pode haver uma instrumentalização dos BRICS em benefício da China.

Essa expansão do bloco é um momento crucial para o BRICS, uma vez que definirá quais países terão a oportunidade de se juntar a essa aliança estratégica. O processo tem sido marcado por negociações intensas e diferenças de opiniões entre os líderes dos países membros. Agora, será necessário aguardar pela decisão dos cinco líderes para saber quais serão as próximas etapas para a expansão do BRICS.

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